Sarah Dunant – O Nascimento de Vênus (pdf)(rev

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— O que será de nós? — sacudiu a cabeça, com tristeza. — Faremos o que pudermos fazer, viveremos a vida que nos foi dada viver e rezaremos para que Savonarola esteja errado e que Deus, em sua eterna misericórdia, possa amar os pecadores tanto quanto os santos.
Quarenta e Dois O DIA ENTARDECEU E O ENTARDECER virou noite. Por volta da meianoite, chegou uma mensagem para ele. Partiu imediatamente. Lá fora, a cidade recusava-se a adormecer. Como nos velhos tempos, tanta atividade até tarde da noite. Com a janela aberta, ouvia-se o rebuliço lá na praça. Para me confortar, fomos para o meu ateliê. Eu não parava de pensar na manhã antes do meu casamento, quando la Vacca tinha sido enforcado e minha mãe não deixara eu sair para ver o que estava acontecendo. Assim como ela testemunhara a violência Pazzi comigo em seu útero, agora, eu também estava próxima de eventos sangrentos quando meu filho estava para nascer. Tentei usar a tinta para acalmar meu pânico, mas até mesmo as cores pareciam mais rarefeitas e não conseguiram fazer minha cabeça parar de ribombar. Logo após a alvorada, o portão da frente se abriu e ouvimos seus passos nos degraus de pedra. Erila, que adormecera, acordou em um estalar de dedos. Quando ele entrou, eu estava de pé e teria me aproximado se ele não me detivesse com um olhar de alerta. — Bem-vindo, meu marido — disse eu calmamente. — Como você está? — Seu pintor foi solto. — Oh! — E quando minhas mãos foram à minha boca, senti os olhos de Erila me aquietarem. — E...Tomaso? Ficou em silêncio por alguns segundos. — Não conseguimos descobrir nada de Tomaso. Não está mais na prisão. Ninguém sabe onde está. — Mas... quer dizer, onde quer que esteja, está a salvo. Você vai encontrá-lo. — Esperemos que sim. Mas nós dois sabíamos que não era uma conclusão inevitável. Ele não seria o primeiro prisioneiro a desaparecer de uma prisão sem deixar rastro. Mas Tomaso era assim. A sua história certamente era audaciosa demais para se encerrar na parte traseira de uma carroça com uma mortalha sobre si. — O que mais? Ele relanceou os olhos para Erila. Ela levantou-se, mas coloquei a mão sobre seu braço. — Cristoforo, ela sabe de tudo entre nós. Confio nela mais do que em mim mesma. A essa altura, acho que deve ouvir o resto. Ele olhou-a fixamente por um momento, como se a visse pela primeira vez. Ela curvou a cabeça humildemente.
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À minha mãe, Estelle, e às minha
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A Irmã Lucrezia parecia não ter o
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quando o filho de um fazendeiro tin
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homem: a cabeça jogada para trás,
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Um HOJE, RELEMBRANDO, VEJO MAIS com
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ajudando-o a desmontar e escolhendo
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aperfeiçoado O Olhar. Usa-o agora
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come em seu quarto e não fala com
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apidamente, ansiosamente, para evit
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sobre o pavimento de pedras arredon
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particular, ela só tolerava discus
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ser melhor. O que sei eu? Parecem s
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— É porque você ainda tem de ap
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— Muito bem. Não vamos mais fala
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Quatro FIQUEI EMBURRADA DURANTE TOD
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quando tinha, ela acha, cinco ou se
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teriam misturado seu sangue com o m
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Cinco EM SEU ESTADO CRU, O ESPAÇO
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pouco de barulho. Quanto mais tento
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aprovado a humildade em minha voz.
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Seis PEGUEI CÓPIAS DE ALBERTI e Ce
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loucos para deflorar virgens da nov
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pessoas disseram que continuaram a
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e é minha imaginação ou mantém
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companhia e uma dúzia de outras ga
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— Dar trepadinhas? Por favor me d
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— Não lhe dê ouvidos, Luca. —
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Oito FIQUEI ACORDADA ATÉ TARDE, CO
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estar com quatro, cinco meses no m
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Ando até a beira da luz. O clarão
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Agora ele se vira e olha para mim,
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— Oh! — Mas havia ainda mais. P
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temos segredos. Boa noite, irmãzin
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fabricantes de tecidos que viviam e
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cidade? Vamos permitir que cheguem
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— Somente em anos — repliquei.
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qualquer desejo da carne açoitando
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O gemido ficou mais alto. Pude até
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que podia com a alquimia caseira. U
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— Não desse tipo — murmurei.
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arrumar meu cabelo e separar uma se
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Treze PLAUTILLA PARECIA UM NAVIO CO
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atravessou a sala sorrindo. Fiquei
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— Não toda! — respondi. — S
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conhece. Mas, Alessandra, o homem t
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consumado no mesmo dia. O que estav
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— Sim — disse eu, encontrando s
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Maria Madalena, mas não deve ter s
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Dezesseis É CLARO QUE O ESPEREI. E
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maravilhando-me com a agitação e
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aos tropeções. Esperei até tudo
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Teriam sido nossos pecados e nosso
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guardas estava sendo alimentado nas
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— Diga-me, Tomaso. Por que sempre
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Dezoito O PALAZZO DE MEU MARIDO ERA
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esse horror poderia sair algo bom.
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não disse mais nada. Pensei em min
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tempo. Sei que não sai desses luga
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pedirá o contrato de volta. E nós
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seu toque foi viscoso. Deixou-a ali
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pênis começou a se curvar. — Dr
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instante, ficamos unidos pela confu
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Diabo na minha voz. É claro. Quant
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— Ele virá aqui? — perguntei.
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que aconteceu foi uma sensação t
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PARTE DOIS Carlos VIII e seu exérc
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submissos, dirigidos ao chão. Ele
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considerável, já que não havia n
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Vinte e Um O CORPO NA PONTE SANTA T
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continuava zangada comigo por mante
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um instante, Nossa Senhora na Anunc
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Vinte e Dois TIVE MUITO POUCO TEMPO
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sangue. Mas não sabia como dizer i
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— Não! — Oh, sim. Acho que fic
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Seis meses antes, ele seria açoita
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igreja que bebem meu sangue em cál
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competidores, que tropeçavam e res
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para mim, — Está bem? — Sim
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tempo? — Rezo — respondi. — C
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— Infeliz? Por quê? O que poderi
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Vinte e Seis FIQUEI ACORDADA ATÉ T
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echonchudo e sereno, repleto de seu
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o cavalariço acabasse de escová-l
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andura —, removendo toda arte que
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inteligência e humor. Mas não con
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que você. Como pôde pensar uma co
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isada, embora houvesse muito pouco
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sorriu largo para mim. — Minha m
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incomodava. À nossa volta, a casa
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Mas no fim, o que feria os tinturei
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apodrecerão no inferno. Seu marido
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suponho que ache que ele está na i
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suas pernas. Depois disso, havia as
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assustado comigo então, e agora de
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Acham que espera a noite cair para
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Virei-me. Seus passos retrocederam
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profunda nem tão perdida quanto es
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Trinta e Um NÓS O LEVAMOS NA CARRO
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imundo. — Não está doente, est
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seus passos. O pintor, por sua vez,
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desespero e animais selvagens do me
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Company Publications. Jean Lucas-Du
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