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INFORMAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA: A ... - Crisp - UFMG

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principalmente como instrumento para o planejamento do seu trabalho e das operações táticas<br />

(emprego operacional), visando à prevenção e ao combate à criminalidade. Embora, em<br />

termos de Estado, nem todas as localidades disponham dos mapas, é sempre possível contar<br />

com o relatório quantitativo, contendo as informações estatísticas. Em BH – 8 ª RM (Região<br />

Militar) ou Comando do Policiamento da Capital (CPC) – todas os batalhões e companhias<br />

podem contar com os relatórios mais completos e detalhados contendo mapas: RIEG.<br />

Os dados obtidos através dos BO são processados no Estado-Maior (EM), por uma<br />

assessoria de estatística e geoprocessamento vinculada à seção de planejamento operacional<br />

(PM3), de acordo com uma classificação interna 19 . Um “anuário estatístico”, que trata da<br />

incidência de crimes no Estado de Minas Gerais 20 é produzido. Também as unidades<br />

operacionais possuem uma seção de estatística que, além de alimentar o sistema a partir dos<br />

BO, ou seja, de chamados da própria comunidade onde atuam, confeccionam relatórios<br />

mensais com informações sobre a criminalidade naquela área específica. Do ponto de vista<br />

computacional, o gerenciamento do sistema é realizado pelo núcleo de informática,<br />

subordinado à PM4 (apoio logístico).<br />

O geoprocessamento, segundo os entrevistados, permite trabalhar uma série de<br />

informações como: número de solicitações ou chamados atendidos, natureza e local desses<br />

chamados ou ocorrências e características das vítimas e dos agressores. Propicia, ainda, um<br />

maior e mais sistematizado conhecimento das situações, tais como: delitos mais freqüentes<br />

em cada região; horários, dias, semanas, meses mais propícios à ocorrência dos diversos<br />

delitos; número de ocorrências atendidas por hora; horários em que há mais chamados; média<br />

de atendimentos por viatura; faixa etária dos atores envolvidos nos diversos delitos, etc.<br />

Os bancos de dados, desenvolvidos no início da década de 90, não são, entretanto,<br />

relacionais, o que dificulta a realização de levantamentos e cruzamento de informações para<br />

aprofundamento e análise de problemas mais específicos 21 . Por isso, alguns oficiais<br />

consideram que a principal meta é, no médio prazo, integrar os sistemas de informação dos<br />

diversos órgãos de segurança pública e que a principal dificuldade ou limitação atual da<br />

19 O sistema de classificação estrutura-se em categorias, grupos e classes. A categoria I compreende as<br />

ocorrências típicas de polícia, ou seja, fatos que afetam a ordem pública, a categoria II diz respeito a ocorrências<br />

típicas do Corpo de Bombeiros Militar (hoje desmembrado da PMMG) e a categoria III refere-se às chamadas<br />

ocorrências especiais, ou seja, fato que mereça a atenção da PM sob a forma de auxílio preliminar ou eventual,<br />

isto é, não compulsório. Para uma relação completa das categorias, grupos e classes ver: ESPIRITO SANTO<br />

(1991), p.31-41.<br />

20 Disponível no sítio virtual da FJP.<br />

21 O entrevistado se referiu à dificuldade e a demora para se fazer um programa para saber sobre situações<br />

específicas, por exemplo, assaltos a homossexuais. Num sistema relacional isso pode ser feito muito mais rápida<br />

e facilmente.

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