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INFORMAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA: A ... - Crisp - UFMG

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Refere-se a um equipamento prévio que capacita o sujeito para a comunicação e para a<br />

ação e que delimita um quadro de expectativas, orientando a atividade intencional consciente.<br />

Isso inclui: (a) uma memória de formas simbólicas, atuando como unidade de codificação e<br />

decodificação; (b) um modelo interno do meio e um inventário de programas e estratégias para<br />

operar sobre o meio.<br />

Ocorre uma situação problema quando esse equipamento prévio não é suficiente, num<br />

processo de frustração das expectativas no qual se estabelece uma zona de incerteza entre o<br />

indivíduo (com seus modelos cognitivos e seu repertório de ações possíveis) e as demandas de<br />

uma situação concreta. A informação seria o elemento necessário à redução da incerteza, e o<br />

trabalho informacional seria o esforço de busca que iria favorecer o acesso a informação<br />

necessária à resolução de situações-problema.<br />

Em Wersig (1979) a informação está, portanto, relacionada com a resolução de<br />

problemas concretos e representa uma via para a construção de conhecimentos sociais. Ele<br />

observa que a CI esteve inicialmente ligada à ciência e tecnologia mas, progressivamente, foi<br />

expandindo-se para outros campos da atividade social humana, onde o livre fluxo de<br />

informações e a organização do processo informacional tornam-se uma necessidade social.<br />

A CI como uma ciência ‘nova’, “pós-moderna”, no sentido de que se orienta para a<br />

busca de soluções de problemas criados pela ciência clássica, dentre os quais podem-se<br />

destacar, especificamente no caso da CI, o aumento da carga informacional, a importância do<br />

conhecimento para as pessoas, as organizações e a cultura e, ao mesmo tempo e<br />

paradoxalmente, a sua fragmentação (WERSIG, 1993). Solucionar problemas, nesse sentido,<br />

implica fazer interpretações e dialogar com as comunidades envolvidas.<br />

2.7 Capurro e Hjorland e o sujeito como intérprete da informação: aproximando CI e<br />

hermenêutica<br />

Segundo Capurro (2003), a teoria crítica e, mais particularmente, a hermenêutica vão<br />

proporcionar um novo marco epistemológico para o paradigma social da CI, sobretudo porque,<br />

nessa perspectiva, as diferentes “comunidades de interpretação” desenvolvem diferentes<br />

critérios de seleção e relevância para as informações. Na verdade, são essas comunidades,

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