INFORMAÃÃO E SEGURANÃA PÃBLICA: A ... - Crisp - UFMG
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Na sua entrevista individual, o comandante explicou que seu antecessor era muito capacitado<br />
para trabalhar as IEG e gerar RIEG e, por causa disso mesmo, acabara por concentrar em<br />
demasia, ainda que inadvertidamente, esse trabalho em suas próprias mãos. Com isso, outros<br />
policiais não aprenderam a lidar com as IEG e, ao assumir a companhia, não encontrou em<br />
sua equipe quem pudesse ajudá-lo efetivamente nesse serviço. Ele demorou a encontrar uma<br />
pessoa, mas, hoje, conta com um militar capacitado para isso. Em relação à reunião anterior,<br />
ele parece estar mais seguro e confiante nessa nova exposição.<br />
Entretanto, por trás de disso, parece estar havendo um efeito produtivo de sua freqüência às<br />
reuniões da AISP 23. Acredita-se que elas possam estar exercendo aquele papel de mediação,<br />
já mencionado anteriormente, e que o comandante, mesmo mantendo muitas de suas opiniões<br />
anteriores, esteja aprendendo muito, nessas atividades, sobre como lidar com as informações<br />
e, sobretudo, sobre outras experiências bem-sucedidas de policiamento comunitário.<br />
Melhor assessorado, aproveitando-se do material preparado para a reunião da AISP, o<br />
comandante disse que iria, “dentro do possível, trazer os resultados”. Passou a mostrar alguns<br />
gráficos de linha com os delitos agregados, organizados por dias da semana e por bairros,<br />
comentando que houve “queda” em todos os dias. Pôde-se perceber que as ocorrências vão<br />
aumentando ao longo do dia e que entre as 18:00 e 23:00 horas são significativamente<br />
maiores. Estão identificados os bairros: Bandeirantes, Confisco, Engenho Nogueira, Ouro<br />
Preto, Paquetá, Santa Terezinha, São Francisco, São José, São Luiz, Sarandi e Serrano. Sobre<br />
esse último diz: “tenho extrema dificuldade, mas não será mais da nossa responsabilidade”.<br />
Depois, passou a mostrar outros gráficos e tabelas de eventos bairro a bairro,<br />
organizados por dias da semana e pelas horas do dia. A apresentação foi rápida. Havia gráficos<br />
e tabelas para “roubo a mão armada a transeuntes”; “roubo a mão armada de veículos”;<br />
“arrombamento a veículos” e um quarto evento, que não foi possível anotar. Sobre o<br />
arrombamento de veículos, comentou que se trata de um “evento nocivo para a comunidade”,<br />
que aumenta nos grandes eventos como Pop Rock e Axé Brasil, jogos e feiras no Mineirão.<br />
O representante da AR-PMBH (Pmun 01) esclareceu que o principal foco da Comovec<br />
tem sido o Mineirão. Entretanto, o delegado, questionando esse foco, disse que os roubos<br />
ocorriam, na realidade, fora do estacionamento, embora fossem “trazidos (registrados) para<br />
51 É a primeira vez que o interesse político é abordado com naturalidade, ou seja, sem conotação pejorativa nas