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INFORMAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA: A ... - Crisp - UFMG

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208<br />

O presidente, não acreditando muito no que ouvira, dirigiu-se ao novo conselheiro,<br />

perguntando-lhe para qual número a moradora do Bandeirantes I havia ligado, ponderando que<br />

ela poderia estar ligando errado, pois “na minha comunidade se ligar chega na hora”. Ele<br />

achava “muito difícil a PM ter dito para ela que só poderia atender se fosse flagrante” e disse<br />

a ele para convidá-la a vir às reuniões do Consep.<br />

Alguém disse que, conversando com moradores próximos da Avenida Santa Terezinha,<br />

recebera a sugestão para que as bike não ficassem todas juntas, mas que fizessem o<br />

patrulhamento separadas, cobrindo então, simultaneamente, uma área maior do bairro 43 .<br />

Entretanto, o presidente do Consep ponderou que um policial tem que dar apoio ao outro, ou<br />

seja, têm que trabalhar juntos, e disse: “vamos às pesquisas, vai durar 30/40 minutos, depois<br />

voltamos”.<br />

O Pcom 05 pediu a palavra para dizer que os arrombamentos a residências estavam<br />

voltando. O presidente do Consep disse que os arrombadores foram soltos, indicando que a<br />

origem do problema estaria na justiça ou no sistema prisional. O mesmo conselheiro insistiu<br />

no assunto: “a situação está perigosa, o pessoal está com medo, porque eles estão pulando os<br />

muros e entrando dentro das casas”. O delegado (Pciv 01) observou que precisaria abordar o<br />

pessoal com “carrinho de mão” e que quando fez isso houve uma resposta muito boa. Disse<br />

que prenderam, inclusive, um homicida “perigosíssimo” e falou num trabalho mais “incisivo”,<br />

inclusive com pessoal descaracterizado. Contou que “tiramos muita gente da rua e agora<br />

estamos dando uma folga, mas precisamos fazer mais operações integradas”. O Pcom 05<br />

insistiu em dizer que “estamos precisando de apoio lá”. E o delegado (Pciv 01) disse mais:<br />

“Não podemos duvidar. Temos pouquinha gente mas vamos lá. É um efeito espantalho. Vamos<br />

dar uma resposta a vocês.”<br />

O Pcom 12, cobrando e reforçando a necessidade de ações repressivas, reafirmou que o<br />

190 não funciona. O Pcom 19, pedindo desculpas pelo termo que iria usar, disse que estamos<br />

na cultura do “foda-se”, que as pessoas estão ligando o botão do “foda-se”, que a sociedade<br />

está se desagregando porque não acredita mais nos mecanismos simples de comunicação.<br />

Acrescentou que, se no 190 falaram que só poderiam atender se fosse flagrante, estava errado.<br />

43 Há pesquisas mostrando que, ao fazerem vigilância sozinhos ou individualmente os policiais tendem a ficar<br />

mais atentos e alertas do que quando trabalham em dupla ou grupo, situação na qual tornam-se mais distraídos,<br />

pois a atenção se dispersa. Por outro lado, provavelmente, sintam-se, eles próprios, menos seguros.

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