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INFORMAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA: A ... - Crisp - UFMG

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No quarto capítulo faz-se uma “aproximação teórico-metodológica do objeto da<br />

pesquisa”, em consonância com as idéias que vêem nesse exercício epistemológico talvez o<br />

principal objetivo da investigação social. P. Bourdieu fala na “conversão do olhar” e C. Geertz<br />

no “alargamento do discurso” sobre uma determinada questão. Trata-se de lançar outros<br />

olhares sobre a questão da informação e do conhecimento social.<br />

Abordam-se as noções de representação e interpretação em CI, num percurso que<br />

conduziu o pesquisador àquilo que Minayo (2002) descreveu como hermenêutica-dialética,<br />

um método que, abordando os objetos das CHS como qualitativos e históricos, busca articular<br />

contribuições tanto da hermenêutica fenomenológica de Gadamer quanto da dialética de Marx,<br />

numa tentativa de superar ou minimizar limitações de cada método quando empregados<br />

isoladamente.<br />

Além disso, aprofunda-se nos outros subsídios. Em primeiro lugar, sobre a<br />

antropologia interpretativa de Geertz (1978) e alguns aspectos da etnografia, sobretudo aquilo<br />

que o autor chamou de “descrição densa” e que se constituiu, sobretudo no trabalho de coleta<br />

de dados, como um importante guia metodológico. Em segundo lugar, na sociologia da cultura<br />

de Bourdieu que, com os conceitos de “campo social”, habitus e “capital simbólico”, muito<br />

contribuiu para a construção do objeto de pesquisa.<br />

Foi a partir desse conjunto de conhecimentos que se tornou possível a formulação do<br />

objeto desta investigação: “as práticas informacionais e o terceiro conhecimento num<br />

Consep”, que é explicado ao final do capítulo em sua especificidade. O Consep é abordado<br />

como um locus constituído, utilizado para investigar uma determinada “cultura” ou “campo<br />

informacional” – da segurança pública. Deve-se notar que, num trabalho que tem como<br />

referência uma “descrição densa”, o principal problema não é simplesmente ir a campo para<br />

coletar determinados dados e analisá-los tematicamente, como também é feito nesta pesquisa,<br />

mas, sobretudo, articular a teoria à prática. Para isso, o campo empírico é enfocado,<br />

principalmente, como local de ocorrências substantivas que decorrem da formulação de uma<br />

problemática de natureza teórica e que se constitui como objeto de investigação.<br />

O quinto capítulo aborda os aspectos do “campo empírico” e da “metodologia” da<br />

pesquisa de campo e está dividido em três partes. Na primeira parte, procura-se caracterizar os<br />

Consep (locus de investigação informacional). Na segunda, aborda-se a informação em<br />

movimento no Consep, contextualizado como parte de um campo social. Na terceira parte são

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