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INFORMAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA: A ... - Crisp - UFMG

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56<br />

Capítulo 2<br />

A informação como construção social<br />

Este capítulo visa desenvolver uma reflexão que possibilite o encontro de um modo de<br />

abordar a questão da informação na segurança pública a partir das questões levantadas no<br />

primeiro capítulo. Apresenta algumas das principais idéias e conceitos referentes à informação<br />

como objeto de estudo da CI. A ordem da apresentação está baseada nos três paradigmas<br />

epistemológicos propostos por Capurro (2003), para quem a CI nasceu da biblioteconomia e<br />

da documentação, em meados do século XX, com o paradigma “físico”, questionado em<br />

seguida por um enfoque “cognitivo” que, por fim, é re-questionado por um paradigma<br />

“pragmático social”.<br />

Para o autor, duas seriam as raízes da CI: a biblioteconomia e a computação digital.<br />

Enquanto a primeira remete-nos às origens da sociedade humana, à tradição, à permanência,<br />

numa rede de relações humanas baseada na linguagem, num âmbito hermenêutico aberto, a<br />

segunda, mais recente, possui um forte caráter tecnológico e está relacionada ao impacto da<br />

computação sobre os processos informacionais.<br />

Em termos epistemológicos, a discussão nuclear é que esses modelos físicos excluem o<br />

sujeito cognoscente e referem-se a um receptor de mensagens quase sempre passivo. Em CI,<br />

essa limitação evidencia-se, sobretudo, nas práticas de recuperação de informação (RI) e em<br />

seus esquemas e modelos de representação do conhecimento. Aos poucos, surgem tentativas<br />

de inclusão das dimensões semânticas e pragmáticas, não contempladas anteriormente, já<br />

fazendo referência ao processo interpretativo do sujeito cognoscente ou, mais concretamente,<br />

do usuário. Além disso, são esses mesmos limites, na medida em que tratam a informação

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