INFORMAÃÃO E SEGURANÃA PÃBLICA: A ... - Crisp - UFMG
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cavalo”. Seguiu-se uma discussão sobre a escola plural, interrompida pelo presidente, talvez já<br />
um pouco cansado desse conteúdo, que se tornou pobre informacionalmente, pela repetição<br />
insistente, dizendo: “vamos passar para a segurança, embora educação seja segurança<br />
também”.<br />
Disse, então, que “o Consep é fraquinho”, que “está começando”, mas que “também é<br />
o mais bem representado” e que “temos que colocar as idéias em prática”. Disse, ainda, que o<br />
comandante do BPM havia dito, numa determinada ocasião, que as escolas não estavam<br />
apoiando o Proerd, mas ele discordou pois “não é o caso da 17 a , onde tem escoteiro e outras<br />
coisas” e que mesmo as escolas que não estão participando estão programadas para iniciar em<br />
julho um trabalho.<br />
Há uma ambigüidade quanto ao papel escola no contexto da segurança pública. Às vezes, a<br />
temática da educação é considerada pertinente à reunião do Consep mas, às vezes não. Qual<br />
seria, então, o critério implícito na seleção dos assuntos e informações? Acredita-se aqui que<br />
a escola só é assunto pertinente à segurança pública quando se trata de uma ação da polícia<br />
na escola, como no caso da prevenção às drogas. Assim, muitas informações importantes<br />
sobre a realidade das escolas não são melhor discutidas nas reuniões do Consep, porque a<br />
questão da segurança pública está dissociada da questão da ordem pública, tal como a<br />
sociedade na qual estão inseridas.<br />
Seguiu-se uma pergunta sobre a legislação a respeito de bares nas proximidades de<br />
escolas. Um conselheiro disse, sem muita certeza, que existe uma lei federal proibindo a<br />
existência de bares num raio de cem metros da escola, e o Pcom 18 observou que “cem metros<br />
é muito pouco”. Ninguém soube dar maiores esclarecimentos e a questão morreu.<br />
Nesse exemplo, somam-se desinformação e despolitização, pois faltam meios para consultar<br />
a legislação e, também, não se pensa em chamar os donos de bares, também membros da<br />
comunidade, para conversar (ou negociar) sobre a questão, o que impede a construção de<br />
novas informações e conhecimentos.