INFORMAÃÃO E SEGURANÃA PÃBLICA: A ... - Crisp - UFMG
INFORMAÃÃO E SEGURANÃA PÃBLICA: A ... - Crisp - UFMG
INFORMAÃÃO E SEGURANÃA PÃBLICA: A ... - Crisp - UFMG
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
213<br />
frios e científicos, mas que “tem muita gente que não reclama porque se reclamar morre”,<br />
acrescentando que “tem gente que é vizinho de homicida” e que “tem até policial que sabe e<br />
não leva isso para lá”. O comandante respondeu: “vou focar as ZQC (zonas quentes de<br />
criminalidade) que são o Serrano e Ouro Preto”. Sobre isso, o Pcom 20 perguntou, duvidando<br />
um pouco do valor das informações: “mas, nessas estatísticas, não pode haver casos como o<br />
meu? As pessoas têm que colaborar, mas eu fui levado para lá, para o Alípio de Melo”.<br />
Nesse ponto, o Pcom 19 interveio para dizer de “nossa atitude passiva” e que<br />
“algumas camadas estão intimidadas”. Lembrou o problema que trouxe para a reunião, da<br />
moradora que não obteve uma resposta, que era relativamente simples, e observou que é por aí<br />
que esses crimes começam a aparecer e aumentar. Completou dizendo que “o trabalho com o<br />
geopreocessamento é formidável, mas é preciso levar em conta o que a gente está<br />
percebendo”.<br />
O Pcom 06 disse que a palavra estava com ele e que “queria credibilidade”. Ele<br />
considerava que o delegado acreditava no que ele estava falando. O delegado, então,<br />
respondeu que o trabalho investigativo não dá resultado rápido. Lembrou que o “Cabelo” e<br />
outros estão “guardados” e que é necessário um trabalho conjunto com a comunidade. Porém,<br />
às vezes, há denúncia, mas não há provas para efetuar uma prisão preventiva. Além disso, há a<br />
demora dos juízes. Sobre esse trabalho de ir em busca de pesquisa e números, disse que há<br />
outras cabeças e que, hoje, pode-se falar muita coisa que antes não se podia e que nessa<br />
reunião da AISP “não vamos puxar só números, mas também a fala dos líderes comunitários”.<br />
Mencionou, ainda, “o fato de ter uma polícia forte pode bater contra interesses políticos”,<br />
sugerindo que a impunidade interessa a certos grupos influentes na sociedade.<br />
Referindo-se ao Bairro Santa Terezinha o presidente do Consep disse que “os caras<br />
estão saindo do nosso lado e indo para o Ouro Preto” e tentou encerrar a reunião.<br />
Alguém contou o caso de um “meliante” que foi preso em flagrante, com grande<br />
esforço da polícia, que usou várias viaturas e até helicóptero, mas a dona da casa onde ele se<br />
escondeu, uma testemunha, ficou mais tempo detida que o próprio ladrão. Ele foi liberado às<br />
18:00 horas e ela às 19:30 horas. Perguntou: “onde está a falha?” O presidente do Consep<br />
disse: “vamos correr atrás disso. Há uma proposta de irmos até à OAB”. O Prel 01 observou<br />
que igreja apóia o desarmamento, mas ele se preocupa com os meliantes que permanecem<br />
47 Refere-se a duas cartilhas sobre prevenção ao uso de drogas e criminalidade, elaboradas pelo Consep em