INFORMAÃÃO E SEGURANÃA PÃBLICA: A ... - Crisp - UFMG
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Quadro 1 - Pressupostos da antropologia da informação<br />
Conhecimento como Existência de uma Deslocamento das Existência de um<br />
produto social, dotado cultura informacional políticas de informação mercado de bens<br />
Contextuais de valor para inserida no cenário da do público para o simbólicos marcado<br />
produtores, mediadores reestruturação do privado e do coletivo por disputas entre<br />
e receptores.<br />
capitalismo globalizado para o individual. diferentes práticas e<br />
e excludente.<br />
discursos.<br />
A sociedade civil e o As composições de A ação social local A informação na<br />
terceiro setor e suas conhecimentos envolvendo<br />
sociedade: dos<br />
Empíricos interfaces<br />
teóricos, históricos e especialistas, lideranças ambientes formais ou<br />
informacionais com os práticos nos comunitárias e oficiais à informação<br />
ambientes formais do movimentos da intervenções mediadas produzida na<br />
conhecimento. sociedade civil. por informações. informalidade das<br />
comunidades.<br />
A construção e O conhecimento e a O conhecimento como Emprego crítico da<br />
apropriação do informação na cultura produto social e sua noção de rede: teórico,<br />
Teóricos e conhecimento na local e sua interdependência<br />
apropriação, como metodológico e como<br />
metodológicos sociedade como forma<br />
com o matéria informacional, estratégia de ação.<br />
política<br />
e global: os elementos pelos movimentos da<br />
compartilhada de criar narrativos, da memória sociedade civil.<br />
entendimento e e do esquecimento nos<br />
encaminhar soluções. modos de falar e<br />
escutar.<br />
Fonte: MARTELETO, Regina Maria. Conhecimento e sociedade: pressupostos da<br />
antropologia da informação. In: AQUINO, Mirian de Albuquerque. Campo da ciência da<br />
informação: gênese, conexões e especificidades. João Pessoa, v.11, n.1, 2002.<br />
Sustentando-se na sociologia da cultura e do conhecimento de Bourdieu, Marteleto<br />
(2002) parte do pressuposto de que toda forma de conhecimento é sociohistórica e considera,<br />
em cada situação social determinada, a emergência, nos discursos e pontos de vista, de<br />
significados que entram em disputa, na tentativa de ganhar a posse da palavra e da verdade.<br />
São as lutas simbólicas entre formas de conhecer e nomear a realidade, tão diversas quanto as<br />
condições sociais, econômicas e culturais de seus porta-vozes (p.108)<br />
Entre a informação, como elemento estruturador das vivências/experiências dos<br />
sujeitos sociais, e a cultura fica, então, estabelecida uma relação tão íntima quanto profunda.<br />
Entretanto, ao se falar de cultura (informacional) não se fala num todo homogêneo, pois<br />
admite-se a existência de um embate de diversas formas de conhecimento, produzidas por<br />
diferentes tipos de vivência/experiência com a realidade. Pensa-se em circularidade da cultura<br />
e em hibridização de conhecimentos.<br />
Ao voltar-se para o estudo da informação na sociedade civil organizada e no terceiro<br />
setor e suas interfaces com os ambientes formais do conhecimento, a antropologia da<br />
informação focaliza o senso comum (conhecimento social), procurando formas de abordá-lo.