INFORMAÃÃO E SEGURANÃA PÃBLICA: A ... - Crisp - UFMG
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um mero espectador. Ele observou que o comandante da companhia e o delegado da polícia<br />
civil não falaram e que, no entanto, haviam saído de suas rotinas para virem à reunião.<br />
O delegado disse, então, que era necessário buscar nos órgãos competentes meios para<br />
dar mais segurança ao evento. Esclareceu que iria haver um delegado de plantão. O<br />
comandante da companhia disse que estava há apenas dois meses no cargo, que veio para uma<br />
reunião do Consep e que não iria emitir juízos de valor, pois recebera ordem para zelar pela<br />
segurança do evento. Observou, no entanto, que iria trabalhar “no limite” de sua capacidade e<br />
que todos os esforços possíveis seriam feitos, mas que não havia como negar que os índices de<br />
criminalidade nesses eventos são altos e que “os efeitos são avassaladores”, pois, ao reforçar o<br />
policiamento no local do evento, outros bairros vizinhos ficam, de fato, desguarnecidos. O<br />
Pcom 13 disse que, apesar de não morar muito próximo ao local do evento, sofre suas<br />
conseqüências e que os moradores sentem-se prejudicados por causa do vandalismo: “Há<br />
muito roubo de carros e de toca-fitas”.<br />
Nesse ponto, a representante da SEDS e também coordenadora da Comovec,<br />
certamente baseado em IEG, disse que, de fato, foram identificados focos de vandalismo, mas<br />
que, depois da criação da Comovec, eles já diminuíram consideravelmente, pois as regiões<br />
próximas passaram a ser alvo de atenção também. O Pcom 12, incomodado com o desencontro<br />
de informações, interveio e disse: “o comandante falou uma coisa e a senhora falou outra”. O<br />
comandante respondeu que não falava por teoria, mas por prática, e reafirmou que “quando há<br />
o evento o atendimento na periferia dele cai”. A representante da SEDS-Comovec esclareceu<br />
que homens vão ser deslocados de outras regiões da cidade para atuarem na região do evento.<br />
O comandante, no entanto, insistiu que “vão ligar para o 190 e os problemas da companhia<br />
não poderão ser atendidos, a viatura não poderá vir”.<br />
Sem entrar no mérito da questão entre o comandante da CPM e o coordenador da Comovec<br />
acerca dos impactos do evento nos bairros vizinhos ao estádio, pode-se dizer que, para o<br />
primeiro, “a teoria”, no caso as IEG, não refletem muito bem a prática. Ele utiliza-se de um<br />
argumento muito semelhante ao do Comandante Geral da PMMG durante a abertura do 2 o<br />
Encontro de Presidentes de Consep da 7 a RPM. Na sua entrevista individual, como já foi<br />
dito, mencionou ter poucos conhecimentos de geoprocessamento e dificuldades de encontrar<br />
um assessor para auxiliá-lo no trabalho com as IEG. A desvalorização da teoria pode,