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INFORMAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA: A ... - Crisp - UFMG

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Para Capurro (2003), a teoria matemática da informação, também chamada de teoria<br />

matemática da comunicação, é a essência do “paradigma físico”, pois diz que existe “algo”<br />

(um objeto físico) que um emissor transmite a um receptor. Esse objeto, designado por<br />

mensagem (ou sinal), deve ser reconhecido, univocamente, pelo receptor, atendidas<br />

determinadas condições, ligadas à ausência de ruídos e à utilização dos mesmos signos. Essa<br />

teoria, muitas vezes tomada como um modelo na CI, implica uma analogia entre transporte<br />

físico de um sinal e a transmissão de uma mensagem (modelo do conduíte).<br />

Para Shera (1968), a teoria não foi formulada de maneira muito adequada e seria<br />

melhor chamá-la de teoria dos sinais porque, evidentemente, não se tratava de uma teoria da<br />

informação, pois estudava a capacidade que um símbolo ou um canal de comunicação tinha<br />

para transmitir uma mensagem.<br />

Para Araújo (2002), trata-se de um sistema mecânico, cuja importância está centrada<br />

no canal e sua capacidade em veicular mensagens a baixo custo. Para Le Coadic (1996), que<br />

se refere a essa teoria como “teoria matemática da transmissão de sinais elétricos”, ocorre uma<br />

confusão conceitual quando se consideram análogos o conceito de informação dessa teoria<br />

com o conceito de informação inerente à comunicação humana.<br />

Assim, as idéias e teorias ligadas ao paradigma físico mostram-se inadequadas ao<br />

campo da CI e da comunicação humana, uma vez que lidam com um outro objeto, que poderia<br />

ser melhor designado como sinal e que é estudado no contexto de sistemas maquínicos, de<br />

problemas de transmissão de mensagens e seus canais, com um enfoque nas questões de<br />

fidelidade, eficiência e custo, através de modelos matemáticos.<br />

2.2 Brookes e Belkin: informação como elemento organizador da cognição humana<br />

Para esses autores a informação é um elemento transformador das estruturas. Há um<br />

emissor que envia uma mensagem (conjunto de informações) a um receptor, com base num<br />

código conhecido (língua), e essa mensagem é interpretada, adquirindo sentido. Ao utilizar<br />

essa informação (com sentido) para resolver um determinado problema ou se informar sobre<br />

qualquer situação, o sujeito produz conhecimento.

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