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INFORMAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA: A ... - Crisp - UFMG

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físicos e cognitivistas. Alarga-se e, ao mesmo tempo, complexifica-se o campo da CI, tanto em<br />

termos da pesquisa quanto da atuação profissional, isto é, abrem-se possibilidades que trazem<br />

novas responsabilidades e, por isso mesmo, em novos estudos em busca de referenciais<br />

teóricos e metodológicos.<br />

Na verdade, esta revisão bibliográfica conduz ao entendimento de que práticas<br />

informacionais são um trabalho permanente de contextualização do conhecimento diante de<br />

situações concretas, ou seja, o valor de uma informação não se define a priori, mas a partir de<br />

uma demanda situacional, de um determinado grupo, num determinado contexto ou situação<br />

sociohistórica. Tudo depende, em boa medida, de como e de onde as situações têm sido<br />

abordadas e problematizadas.<br />

Faz-se necessário, então, introduzir a idéia de “práticas informacionais”, as quais<br />

implicam um trabalho de interpretação que é feito de diferentes perspectivas: tanto por parte<br />

de produtores, como de mediadores e de usuários ou receptores das informações e em<br />

diferentes domínios da cultura. É necessário dizer, no entanto, que esse processo não se realiza<br />

de uma maneira linear, harmoniosa e/ou consensual, pois traz em seu bojo conflitos e disputas<br />

que têm lugar no campo do simbólico. Falta portanto, politizar um pouco mais a discussão,<br />

trazendo à tona as idéias de conflito social e de disputa simbólica.<br />

2.8 González de Gómez: regime e pragmática da informação<br />

É a partir dos subsídios dessa autora que se pode começar a discutir com maior<br />

profundidade, não só a natureza política da informação, mas também questões sobre uma<br />

política de informação (no sentido distributivo). Isso significa introduzir a questão do poder<br />

nesse debate, o que é feito quando, debruçando-se sobre problemas de natureza epistemológica<br />

discute as maneiras como os programas de pesquisa da CI comportam-se em relação aos<br />

programas da sociedade da informação, chamando a atenção para a pluralidade das “ações de<br />

informação”, que antecipam a aceitação de algo como informação, trabalhando com a idéia de<br />

“estratificação da informação” e de “regime da informação” (GONZÁLEZ DE GOMÉZ,<br />

1999, 2000), para abordar as incertezas que podem decorrer de processos de gerenciamento da

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