INFORMAÃÃO E SEGURANÃA PÃBLICA: A ... - Crisp - UFMG
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O mais importante, no entanto, é que “tanto os gatekeepers quanto os isolados são<br />
grupos minoritários” (p.146), pois a maioria dos pesquisadores tanto formula perguntas quanto<br />
recebe respostas de um moderado número de colegas. Além disso, deve-se dizer que o quadro<br />
não é estático, pois depende, em certa medida, da estrutura organizacional. Um gatekeeper que<br />
muda de cargo, pode deixar, por esse motivo, de ser gatekeeper. Por outro lado, também os<br />
atributos pessoais podem concorrer para uma determinada situação, na qual algumas pessoas<br />
que não ocupam cargos de gatekeeper numa determinada organização possam ser tão ativas<br />
em matéria de informação que seus colegas a ela recorram sempre que necessitam. Sobre isso<br />
Meadows (1999) conclui:<br />
Conforme isso sugere, talvez haja um desajuste entre a estrutura formal de<br />
uma organização e o fluxo de informação. A informação formal gerada (por<br />
exemplo, mediante memorandos) distribui-se em geral de uma maneira que<br />
reflete e estrutura hierárquica da organização. Embora os fluxos de<br />
informação informal possam ter alguns vínculos com essa hierarquia,<br />
raramente apresentam uma estrutura idêntica (p.146-147).<br />
Vê-se, então, que uma das referências para trabalhar com a informação em movimento<br />
como um fenômeno da CI pode ser o estudo da comunicação oral/informal. Como em<br />
qualquer novo domínio de pesquisa, também na CI é necessário procurar subsídios teóricos e<br />
metodológicos em áreas vizinhas. Dessa forma, pode-se ir construindo, aqui e ali, pequenos<br />
entendimentos das situações, os quais, à medida que se forem juntando, irão ganhar maior<br />
sentido. Assim, obtém-se uma melhor compreensão dos fenômenos, os quais, num primeiro<br />
momento, podem parecer um pouco dispersos, mas, posteriormente, poderão constituir-se<br />
como um conjunto de achados significativos, de tal maneira que possam fazer parte de uma<br />
problemática mais ampla ou de um objeto de estudo cada vez mais consistente e bem definido.<br />
2.5 Shera: epistemologia ou cognição social<br />
Esse autor trabalhou na constituição de uma disciplina científica, cujo objetivo seria a<br />
organização dos registros do conhecimento, tendo em vista a sua plena utilização. Buscou,<br />
portanto, os fundamentos de uma ciência da informação, propondo, junto com Margareth E.