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INFORMAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA: A ... - Crisp - UFMG

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campo. Isso porque, conforme sintetiza Meadows (1999), o quadro da comunicação informal<br />

sugerido pelas pesquisas é “essencialmente hierárquico, com papéis de destaque sendo<br />

assumidos por grupos de pessoas experientes e conhecidas em cada especialidade” (p.142).<br />

A rede de comunicação dentro do próprio grupo de pesquisa, no entanto, é diferente.<br />

Ela, geralmente, assume o formato de uma estrela, quando seu líder é o principal fornecedor<br />

de informações, e o formato de uma árvore, quando o líder ocupa o ponto mais alto. Embora<br />

essa última forma de divulgação seja eficiente, os membros do grupo tendem a se sentir<br />

insatisfeitos com ela.<br />

Sobre as “barreiras de comunicação”, Meadows (1999) observa que os estudos revelam<br />

concordância entre as chefias dos centros de pesquisa e os membros de suas equipes, embora<br />

os primeiros se preocupem mais com as pressões do tempo do que os segundos. São elas: a<br />

diferença de antecedentes educacionais, o sistema de promoção e recompensa, as pressões do<br />

tempo, a estrutura hierárquica, as relações sociais ruins, a rivalidade profissional, a distância<br />

física entre os colegas e a desconfiança geral.<br />

É no contexto das pesquisas sobre fluxo de informação que surge a noção de “pessoa<br />

chave” ou gatekeeper, sobre a qual Meadows (1999) diz o seguinte.<br />

Uma forma comum de investigar a comunicação dentro de um grupo ou<br />

organização consiste em examinar quem consulta quem, quando se defronta<br />

com a necessidade da informação. Essa investigação normalmente leva à<br />

identificação de um número limitado de pessoas que são particularmente<br />

ativas como foco de informação. Quem elas serão dependerá da natureza da<br />

informação. (...) Sempre que um consulente se aproxima, o gatekeeper abre o<br />

portão para que possam entrar aquelas informações pertinentes à consulta<br />

específica. Um gatekeeper deve obviamente ter acesso a uma variedade de<br />

fontes de informação, dentro e fora da instituição que o emprega. As fontes<br />

podem ser tanto formais quanto informais, mas a transferência de informação<br />

do gatekeeper para o consulente se dá através de canais informais (p.145-<br />

146).<br />

Numa outra ponta, as pesquisas revelam a existência dos “isolados da informação”, isto<br />

é, pessoas quase nunca procuradas para dar informações. Esse isolamento pode ser devido a<br />

uma opção pessoal (por exemplo, há os que se interessam mais pelo ensino do que pela<br />

pesquisa), mas pode depender de fatores externos. Por exemplo, se um departamento de uma<br />

universidade tiver apenas um especialista em determinada área de pesquisa, ele terá menores<br />

oportunidades de contatos informais com seus colegas de especialidade.

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