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Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

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Enxaguar 111<br />

Éramos seis<br />

bus e <strong>do</strong>is carros, etc. 2 — Não empregue<br />

essa forma também quan<strong>do</strong><br />

ela pu<strong>de</strong>r ser substituída por preposição:<br />

Inci<strong>de</strong>nte “envolven<strong>do</strong>” (com)<br />

<strong>jornal</strong>istas, aci<strong>de</strong>nte “envolven<strong>do</strong>”<br />

(com) <strong>do</strong>is carros, reunião “envolven<strong>do</strong>”(entre)<br />

empresários e sindicalistas,<br />

o jogo “envolven<strong>do</strong>” (entre) o<br />

Corinthians e o Santos, etc.<br />

Enxaguar. Conjuga-se como aguar (ver,<br />

página 34).<br />

E/ou. Evite o abuso, mas, quan<strong>do</strong> necessário,<br />

a<strong>do</strong>te essa forma em frases<br />

como: Incluem-se na relação cantores<br />

e/ou músicos. / Queria o apoio <strong>de</strong><br />

escritores e/ou <strong>jornal</strong>istas. Não há<br />

barra, porém, se o e acompanhar<br />

meras orações alternativas: Ele chegou<br />

apressa<strong>do</strong> e, ou fica, ou vai embora<br />

ainda hoje.<br />

Epi<strong>de</strong>mia, surto. 1 — A diferença é <strong>de</strong><br />

amplitu<strong>de</strong>: a epi<strong>de</strong>mia atinge um<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pessoas numa área<br />

extensa e o surto, um número limita<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> pessoas numa área mais ou<br />

menos restrita. 2 — O termo epi<strong>de</strong>mia<br />

vale apenas para seres humanos:<br />

no caso <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença que atinja gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> animais, o certo é epizootia.<br />

É preciso. 1 — Com sujeito in<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>,<br />

as locuções é preciso, é proibi<strong>do</strong>,<br />

é necessário, é bom, é feio e outras<br />

semelhantes PODEM permanecer<br />

invariáveis: É preciso muita cautela.<br />

/ É necessário ajuda. / É proibi<strong>do</strong><br />

entrada. / Vitamina é bom para a<br />

saú<strong>de</strong>. / É feio blusa em menino. /<br />

Não foi preciso ro<strong>de</strong>ios. 2 — No entanto,<br />

sempre que se quiser <strong>de</strong>ixar<br />

clara a <strong>de</strong>terminação ou ela estiver<br />

evi<strong>de</strong>nte pelo uso <strong>de</strong> artigo, pronome<br />

ou adjetivo ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> substantivo, a<br />

concordância <strong>de</strong>verá ser a regular:<br />

Não foram necessários ro<strong>de</strong>ios. /<br />

Toda vitamina é boa para a saú<strong>de</strong>. /<br />

É proibida a entrada. / É necessária<br />

muita ajuda. / É feia essa blusa no<br />

menino. 3 — Prefira a concordância<br />

normal, sempre que possível.<br />

É preferível. Ver preferir, página 233.<br />

É proibi<strong>do</strong>. Ver é preciso, nesta página.<br />

E que. Evite essa expressão, usan<strong>do</strong> apenas<br />

o e ou o que (ou o qual, a qual, os<br />

quais e as quais, quan<strong>do</strong> necessário,<br />

para maior clareza), e não os <strong>do</strong>is juntos:<br />

É um tipo <strong>de</strong> assunto <strong>de</strong> mau<br />

gosto que (e não e que) <strong>de</strong>veria ser evita<strong>do</strong>.<br />

/ Ali acamparam três famílias<br />

<strong>de</strong> índios guaranis, proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

Mato Grosso, que (e não e que) há <strong>de</strong>z<br />

anos vêm peregrinan<strong>do</strong> pelo País. / O<br />

general, que está fazen<strong>do</strong> nova visita<br />

às tropas e (e não e que) preten<strong>de</strong> voltar<br />

logo a Brasília, <strong>de</strong>ixará o serviço<br />

ativo este ano. / No livro que escreveu<br />

<strong>de</strong>pois da explosão e (e não e que)<br />

se tornou um clássico... / A razão: o<br />

que não tem função na frase.<br />

É que. 1 — Nesta forma, a locução fica<br />

invariável e vem sempre entre o sujeito<br />

e o verbo (a concordância se faz<br />

como se ela não existisse): Nós é que<br />

pagamos. / Eles é que <strong>de</strong>vem sair. /<br />

Vós é que po<strong>de</strong>is dizer isso. 2 — Se o<br />

sujeito for coloca<strong>do</strong> entre o verbo ser<br />

e o que, a concordância será normal:<br />

Somos nós que pagamos. / <strong>São</strong> eles<br />

que <strong>de</strong>vem sair. / Sois vós que po<strong>de</strong>is<br />

dizer isso.<br />

Equivale a dizer. É a forma correta,<br />

assim como equivale a fazer, e nunca<br />

“equivale dizer”, “equivale fazer”.<br />

Valer, sim, admite essa forma: vale<br />

dizer, vale transcrever.<br />

Equivaler. Conjuga-se como valer (ver,<br />

página 296).<br />

Era. Inicial maiúscula apenas em Era<br />

Cristã. Nos <strong>de</strong>mais casos: era cenozóica,<br />

era <strong>do</strong> jazz, era atômica.<br />

Era uma vez. O verbo permanece invariável:<br />

Era uma vez uma princesa... /<br />

Era uma vez sete anões... (ser, no<br />

caso, equivale a haver).<br />

Éramos seis. Frases <strong>de</strong>sse tipo formamse<br />

sem a preposição em: Éramos seis. /<br />

Éramos oito à mesa. / Ficamos quatro<br />

na sala. / Íamos cinco amigos pela<br />

estrada. / Estávamos três no automó-

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