Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI
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De mo<strong>do</strong> que 90<br />
Denúncias<br />
crata-sociais; os <strong>de</strong>mocrata-cristãos,<br />
os <strong>de</strong>mocrata-sociais.<br />
De mo<strong>do</strong> que. Ver <strong>de</strong> maneira que, página<br />
89.<br />
Demolir. Conjugação. Só tem as formas<br />
em que ao l se segue e ou i: <strong>de</strong>mole,<br />
<strong>de</strong>moliram, etc.<br />
Denegar. Prefira negar, recusar, rejeitar.<br />
Denegrir. Conjuga-se como agredir<br />
(ver, página 34): <strong>de</strong>nigro, <strong>de</strong>nigres; <strong>de</strong>negri;<br />
que eu <strong>de</strong>nigra; se eu <strong>de</strong>negrisse;<br />
etc.<br />
Dengue. 1 — Palavra feminina quan<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>signa a <strong>do</strong>ença: a <strong>de</strong>ngue, a <strong>de</strong>ngue<br />
hemorrágica (transmitida pelo mosquito<br />
Ae<strong>de</strong>s aegypti). O tigre-asiático<br />
(Ae<strong>de</strong>s albopictus) é responsável por<br />
outra forma da <strong>de</strong>ngue. 2 — Dengue,<br />
no masculino, significa <strong>de</strong>ngo: o <strong>de</strong>ngue<br />
da passista.<br />
Dente <strong>de</strong> leite. O <strong>de</strong>nte vai sem hífen e<br />
a categoria esportiva, com: Dentistas<br />
criam banco <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> leite. / Começa<br />
hoje o campeonato <strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntes<strong>de</strong>-leite.<br />
Dentre. Use <strong>de</strong>ntre apenas quan<strong>do</strong><br />
pu<strong>de</strong>r substituí-lo por <strong>do</strong> meio <strong>de</strong>:<br />
Ressurgiu <strong>de</strong>ntre os mortos. / Dentre<br />
to<strong>do</strong>s ele saiu vence<strong>do</strong>r. / Tirou uma<br />
<strong>de</strong>ntre as cinco moças para dançar. /<br />
Era o cientista que, <strong>de</strong>ntre to<strong>do</strong>s os<br />
homens, sobrevivera milagrosamente.<br />
Nos <strong>de</strong>mais casos, o correto é<br />
entre.<br />
Dentro <strong>de</strong>. 1 — Use <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>, corretamente,<br />
como equivalente a no interior<br />
<strong>de</strong>, no íntimo <strong>de</strong> ou no espaço <strong>de</strong><br />
(senti<strong>do</strong> concreto): <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa,<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> alguns<br />
dias. 2 — Se o significa<strong>do</strong> não for esse,<br />
recorra a em, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com, segun<strong>do</strong><br />
ou equivalente (entre parênteses,<br />
a opção recomendável): A divergência<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> parti<strong>do</strong> (no parti<strong>do</strong>),<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Palácio <strong>do</strong> Planalto (no Palácio),<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Parque Antártica<br />
(no Parque), <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa filosofia<br />
(segun<strong>do</strong> essa filosofia), <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse<br />
ponto <strong>de</strong> vista (<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com), <strong>de</strong>n-<br />
tro da <strong>de</strong>mocracia que se preten<strong>de</strong><br />
a<strong>do</strong>tar (segun<strong>do</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com),<br />
<strong>de</strong>ntro da estratégia da entida<strong>de</strong> (segun<strong>do</strong>),<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> que se acredita ser<br />
possível (<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com), etc.<br />
“Denunciar que”. Não use esta forma,<br />
pois ninguém “<strong>de</strong>nuncia que”. Denuncia-se<br />
alguma coisa: Deputa<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>nuncia <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> verbas (e não: Deputa<strong>do</strong><br />
“<strong>de</strong>nuncia que” verbas foram<br />
<strong>de</strong>sviadas).<br />
Denúncias. 1 — Como intérprete <strong>do</strong> leitor,<br />
o Esta<strong>do</strong> se sente no <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> publicar<br />
toda <strong>de</strong>núncia fundamentada<br />
que lhe chegue ao conhecimento.<br />
Aliás, o <strong>jornal</strong> consi<strong>de</strong>ra essa uma <strong>de</strong><br />
suas funções sociais mais importantes,<br />
por estar diretamente ligada à <strong>de</strong>fesa<br />
da moral pública e <strong>do</strong> dinheiro <strong>do</strong><br />
contribuinte. O cidadão merece ser<br />
<strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os planos, municipal,<br />
estadual e fe<strong>de</strong>ral. Por isso, o repórter<br />
<strong>de</strong>ve empenhar-se em manter<br />
essa característica permanente <strong>do</strong> <strong>jornal</strong>.<br />
Veja alguns exemplos <strong>de</strong> matérias<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia: <strong>de</strong>svio ou má aplicação<br />
<strong>de</strong> verbas públicas; conchavos entre<br />
parlamentares e governantes em prejuízo<br />
da população; favorecimento<br />
oficial a empresas particulares; concorrências<br />
com cartas marcadas;<br />
obras dispendiosas, cujo custo não<br />
corresponda à utilida<strong>de</strong>; tráfico <strong>de</strong> influência;<br />
apadrinhamento e nepotismo<br />
no serviço público; compras públicas<br />
sem concorrência; mor<strong>do</strong>mias<br />
e gastos exagera<strong>do</strong>s <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res, governantes<br />
ou parlamentares; viagens<br />
<strong>de</strong>snecessárias à custa <strong>do</strong> governo,<br />
com diárias elevadas; transações duvi<strong>do</strong>sas<br />
em qualquer nível da administração<br />
pública; uso <strong>de</strong> recursos públicos<br />
em benefício <strong>de</strong> particulares;<br />
manipulação <strong>do</strong>s bancos estaduais<br />
em favor <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> protegi<strong>do</strong>s;<br />
salários públicos em <strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com a<br />
realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> País, etc.<br />
2 — O <strong>jornal</strong> exige, no entanto, que<br />
os fatos sejam apura<strong>do</strong>s com rigor,