Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI
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Al<strong>de</strong>ão 35<br />
Algum (alguns) <strong>de</strong> (<strong>de</strong>ntre)<br />
Al<strong>de</strong>ão. Flexões: al<strong>de</strong>ã, al<strong>de</strong>ões (prefira),<br />
al<strong>de</strong>ães e al<strong>de</strong>ãos.<br />
Além. Dispensa também e ainda: Além<br />
<strong>de</strong> criticar a oposição, censurou os<br />
alia<strong>do</strong>s (e não “também censurou” ou<br />
“ainda censurou”).<br />
Além... Exige hífen: além-atlântico,<br />
além-fronteiras, além-mar, além-túmulo,<br />
Além-Paraíba. No entanto:<br />
Alentejo, alentejano.<br />
Alemão. Flexões: alemã, alemãs e alemães.<br />
Alemão-oci<strong>de</strong>ntal. Flexões: alemãesoci<strong>de</strong>ntais,<br />
alemã-oci<strong>de</strong>ntal e alemãsoci<strong>de</strong>ntais.<br />
Alemão-oriental. Flexões: alemãesorientais,<br />
alemã-oriental e alemãsorientais.<br />
Alerta. 1 — Palavra invariável quan<strong>do</strong><br />
interjeição ou advérbio: Alerta! Os<br />
inimigos vêm aí. / Os homens vigiavam<br />
o farol alerta (alerta = atentamente).<br />
2 — É variável quan<strong>do</strong> adjetivo,<br />
com o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> atento, ou substantivo,<br />
como sinônimo <strong>de</strong> aviso: Vigiam<br />
com cuida<strong>do</strong>, são homens alertas<br />
(= atentos). / Ambos estavam alertas<br />
(= atentos). / As sentinelas <strong>de</strong>ram<br />
vários alertas.<br />
Alertar. Regência. 1 — A regência usual<br />
é a direta: O barulho alertou os vigilantes.<br />
2 — Admite-se, mo<strong>de</strong>rnamente,<br />
o verbo como transitivo direto e indireto<br />
(alertar alguém <strong>de</strong>, para, sobre<br />
e contra alguma coisa): Alertou-o <strong>de</strong><br />
que este não era o momento. / Alertou<br />
o amigo para (sobre) os riscos da<br />
<strong>de</strong>cisão. / O governa<strong>do</strong>r alertou os cidadãos<br />
contra o radicalismo. 3 —<br />
Também po<strong>de</strong> ser usada a forma alertar<br />
para (apenas nos títulos), sem<br />
menção à pessoa ou coisa alertada:<br />
Médicos alertam para o perigo <strong>do</strong> uso<br />
<strong>de</strong> pesticidas. / Relator alerta para<br />
atraso na votação <strong>do</strong> projeto. 4 — Não<br />
existe a forma alertar que (alerta-se<br />
alguém, mas não se alerta que).<br />
Alface. Palavra feminina: a alface.<br />
Algo <strong>de</strong>. Concordância: ver alguma<br />
coisa <strong>de</strong>, nesta página.<br />
Alguém. 1 — Deve ser emprega<strong>do</strong> apenas<br />
no senti<strong>do</strong> positivo: Alguém está<br />
aí? / Queria ser alguém na vida. / Se<br />
alguém perguntar, diga que saímos. 2<br />
— Em frases negativas, use ninguém:<br />
Falou o que quis, sem que ninguém<br />
(e não alguém) o contestasse. / Não<br />
via ninguém (e não alguém) que pu<strong>de</strong>sse<br />
ajudá-lo.<br />
Algum. 1 — Antes <strong>do</strong> substantivo, tem<br />
valor positivo: É necessário algum<br />
(um, certo) esforço para apren<strong>de</strong>r. /<br />
Traga algum (qualquer) amigo com<br />
você. / Algum dia o País resolverá<br />
seus problemas. 2 — Depois <strong>do</strong> substantivo,<br />
equivale a nenhum e <strong>de</strong>ve ser<br />
precedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> outra negativa, em geral<br />
não, nada, sem ou nem: Não fez esforço<br />
algum para apren<strong>de</strong>r. / Chegou<br />
ontem, sem trazer amigo algum com<br />
ele. / Não aceitava gentilezas nem<br />
favor algum. 3 — Quan<strong>do</strong> as expressões<br />
<strong>de</strong> mo<strong>do</strong>, <strong>de</strong> maneira, <strong>de</strong> forma,<br />
<strong>de</strong> jeito e equivalentes dão valor negativo<br />
à oração, algum dispensa o uso <strong>de</strong><br />
não, nem, nada e sem: De maneira alguma<br />
faremos isso. / De mo<strong>do</strong> algum<br />
pu<strong>de</strong> convencê-la.<br />
Alguma coisa <strong>de</strong>. Concordância. 1 — O<br />
adjetivo que vem <strong>de</strong>pois não varia: Ela<br />
tem alguma coisa <strong>de</strong> bom (e nunca <strong>de</strong><br />
boa). / A moça ocultava alguma coisa<br />
<strong>de</strong> misterioso (e não <strong>de</strong> misteriosa). 2<br />
— Se não houver preposição, faz-se a<br />
concordância normal: Ela tem alguma<br />
coisa boa. / A moça ocultava alguma<br />
coisa misteriosa. 3 — Seguem<br />
a mesma norma nenhuma coisa <strong>de</strong>,<br />
qualquer coisa <strong>de</strong>, algo <strong>de</strong>, nada <strong>de</strong> e<br />
tu<strong>do</strong> <strong>de</strong>: Ela tem tu<strong>do</strong> <strong>de</strong> bom. / A<br />
moça não tem nada <strong>de</strong> misterioso.<br />
Algum (alguns) <strong>de</strong> (<strong>de</strong>ntre). Concordância.<br />
1 — No singular, o verbo concorda<br />
com algum: Algum <strong>de</strong> nós estará<br />
presente. / Algum <strong>de</strong> vós será convida<strong>do</strong>.<br />
/ Algum <strong>de</strong>les concordará conosco.<br />
2 — No plural, o verbo concorda<br />
com a palavra, expressão ou