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Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

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Títulos 287<br />

Títulos<br />

betes específicos <strong>de</strong>ste manual, <strong>de</strong>zenas<br />

<strong>de</strong> exemplos são <strong>de</strong> títulos. Por<br />

isso, neste momento, cabem apenas<br />

algumas observações:<br />

• Não use os <strong>do</strong>is-pontos para introduzir<br />

retranca ou procedência:<br />

França: cresce o número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes<br />

/ Terras: governo muda a legislação<br />

/ Caso <strong>do</strong>s tratores: mais um indicia<strong>do</strong>.<br />

• Não coloque também a retranca<br />

ou procedência no fim <strong>do</strong> título: Moscou<br />

afasta o ministro da Defesa: caso<br />

Cessna / Funcionário é balea<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>do</strong> carro: Sergipe.<br />

• Não use vírgula para indicar retranca<br />

(caso em que também os <strong>do</strong>ispontos<br />

estão veta<strong>do</strong>s): Escuta telefônica,<br />

<strong>de</strong>lega<strong>do</strong> procura<strong>do</strong> / Apartamentos,<br />

o ministro vai explicar.<br />

• Não use ponto <strong>de</strong> interrogação<br />

nos títulos. O leitor tem direito a respostas.<br />

Dessa forma, estão veta<strong>do</strong>s títulos<br />

como: O cacau, a caminho da<br />

privatização? / Como cortar 14 bilhões<br />

no déficit? / Novo congestionamento<br />

na Imigrantes? / Quem paga<br />

a conta <strong>de</strong>ssas mor<strong>do</strong>mias?<br />

• Use aspas no título para as palavras<br />

que, segun<strong>do</strong> as normas <strong>de</strong> <strong>redação</strong>,<br />

vão em itálico ou negrito no<br />

texto: Autor renega “Os Homens <strong>do</strong><br />

Espaço” / Gil grava “Chão <strong>de</strong> Estrelas”<br />

/ “Soneca” vai <strong>de</strong>ixar o caso<br />

Anastácio. / “Esta<strong>do</strong>” ganha causa<br />

no STF.<br />

• Os títulos inteiramente entre<br />

aspas estão veta<strong>do</strong>s, a não ser em <strong>do</strong>is<br />

casos: sub-retrancas e títulos auxiliares<br />

<strong>de</strong> entrevistas.<br />

• Em casos especiais, o ponto-evírgula<br />

po<strong>de</strong> ser usa<strong>do</strong> para indicar<br />

duas informações diferentes contidas<br />

no mesmo texto: Governo divulga<br />

plano; bolsas caem.<br />

• Finalmente, lembre-se <strong>de</strong> que<br />

estão veta<strong>do</strong>s os títulos com pontos<br />

(ressalva<strong>do</strong>s os casos <strong>de</strong> excepcionalida<strong>de</strong>,<br />

mas sempre com permissão da<br />

Direção da Redação). Assim, não use<br />

exemplos como: Tiros na mata. Para<br />

salvar jacarés / A cida<strong>de</strong> quer o<br />

porto. Mas não a esse preço / Os <strong>do</strong>is<br />

meninos saem a passeio. E não voltam.<br />

32 — Positivos. Sempre que possível,<br />

substitua um título com não pela<br />

forma positiva (exemplificada entre<br />

parênteses): Ator não aceita (rejeita)<br />

prêmio / Funcionário não quer (recusa)<br />

promoção / Lista não inclui<br />

(omite, exclui) convoca<strong>do</strong>s / Governo<br />

diz que não tem (nega) intenção<br />

<strong>de</strong> extinguir conselho / Universida<strong>de</strong><br />

não encerra (prorroga) inscrições.<br />

33 — Pronome oblíquo. Evite o<br />

pronome oblíquo nos títulos, para<br />

não dar ao leitor idéia <strong>de</strong> sofisticação:<br />

Escritor inglês ganha ação contra <strong>jornal</strong><br />

que o difamou / Ladrões esperam<br />

família acordar para assaltá-la.<br />

34 — Rebuscamento. É o uso <strong>de</strong><br />

palavras estranhas ao universo <strong>do</strong> leitor<br />

ou <strong>de</strong> termos que não sejam os<br />

mais simples para expressar <strong>de</strong>terminada<br />

situação. Lembre-se <strong>de</strong> que o título<br />

tenta estabelecer comunicação<br />

direta com o leitor. Por isso, os vocábulos<br />

emprega<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem ser, quan<strong>do</strong><br />

possível, os <strong>do</strong> seu dia-a-dia. Evite,<br />

pois, formas como estas: Polícia cala<br />

sobre a fuga <strong>de</strong> 2 mil / Ministro diz<br />

que o gatilho <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>r é controverso<br />

/ Centavo, moeda tão vil que ninguém<br />

se abaixa para pegar / Inseto<br />

americano mimetiza preda<strong>do</strong>r para<br />

po<strong>de</strong>r fugir / “Etarra” assassinada /<br />

Para sena<strong>do</strong>r, PMDB <strong>de</strong>veria ter sabatina<strong>do</strong><br />

ministro / Viúva <strong>de</strong> Allen<strong>de</strong><br />

solicita anistia / OMS não acha<br />

importante contabilizar casos <strong>de</strong><br />

aids / PMDB <strong>de</strong>seja mudar a Constituição<br />

/ Mulher <strong>de</strong> briga<strong>de</strong>iro ecoa<br />

“revolta silenciosa” / <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> põe<br />

em campo sua face “yang”.<br />

35 — Reduções. Evite reduzir palavras<br />

nos títulos, a não ser em casos<br />

já consagra<strong>do</strong>s, como soft, micro,<br />

máxi, míni e múlti.

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