Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI
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petentíssimo, celebérrimo) e verbos<br />
fortes como infernizar, enfurecer,<br />
maravilhar, assombrar, <strong>de</strong>slumbrar,<br />
etc.<br />
18 — Termos coloquiais ou <strong>de</strong><br />
gíria <strong>de</strong>verão ser usa<strong>do</strong>s com extrema<br />
parcimônia e apenas em casos muito<br />
especiais (nos diálogos, por exemplo),<br />
para não darem ao leitor a idéia <strong>de</strong><br />
vulgarida<strong>de</strong> e principalmente para<br />
que não se tornem novos lugares-comuns.<br />
Como, por exemplo: a mil, barato,<br />
galera, <strong>de</strong>tonar, <strong>de</strong>itar e rolar,<br />
flagrar, com a corda (ou a bola) toda,<br />
legal, grana, bacana, etc.<br />
19 — Seja rigoroso na escolha das<br />
palavras <strong>do</strong> texto. Desconfie <strong>do</strong>s sinônimos<br />
perfeitos ou <strong>de</strong> termos que sirvam<br />
para todas as ocasiões. Em geral,<br />
há uma palavra para <strong>de</strong>finir uma situação.<br />
20 — Faça textos imparciais e objetivos.<br />
Não exponha opiniões, mas<br />
fatos, para que o leitor tire <strong>de</strong>les as<br />
próprias conclusões. Em nenhuma<br />
hipótese se admitem textos como:<br />
Demonstran<strong>do</strong> mais uma vez seu caráter<br />
volúvel, o <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Antônio <strong>de</strong><br />
Almeida mu<strong>do</strong>u novamente <strong>de</strong> parti<strong>do</strong>.<br />
Seja direto: O <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Antônio<br />
<strong>de</strong> Almeida <strong>de</strong>ixou ontem o PMT<br />
e entrou para o PXN. É a terceira vez<br />
em um ano que muda <strong>de</strong> parti<strong>do</strong>. O<br />
caráter volúvel <strong>do</strong> <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> ficará<br />
claro pela simples menção <strong>do</strong> que<br />
ocorreu.<br />
21 — Lembre-se <strong>de</strong> que o <strong>jornal</strong><br />
expõe diariamente suas opiniões nos<br />
editoriais, dispensan<strong>do</strong> comentários<br />
no material noticioso. As únicas exceções<br />
possíveis: textos especiais assina<strong>do</strong>s,<br />
em que se permitirá ao autor<br />
manifestar seus pontos <strong>de</strong> vista, e matérias<br />
interpretativas, em que o <strong>jornal</strong>ista<br />
<strong>de</strong>verá registrar versões diferentes<br />
<strong>de</strong> um mesmo fato ou conduzir a<br />
notícia segun<strong>do</strong> linhas <strong>de</strong> raciocínio<br />
17<br />
<strong>de</strong>finidas com base em da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s<br />
por fontes <strong>de</strong> informação não necessariamente<br />
expressas no texto.<br />
22 — Não use formas pessoais<br />
nos textos, como: Disse-nos o <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>...<br />
/ Em conversa com a reportagem<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>... / Perguntamos ao<br />
prefeito... / Chegou à nossa capital.../<br />
Temos hoje no Brasil uma situação<br />
peculiar. / Não po<strong>de</strong>mos silenciar<br />
diante <strong>de</strong> tal fato. Algumas <strong>de</strong>ssas<br />
construções cabem em comentários,<br />
crônicas e editoriais, mas jamais no<br />
noticiário.<br />
23 — Como norma, coloque sempre<br />
em primeiro lugar a <strong>de</strong>signação <strong>do</strong><br />
cargo ocupa<strong>do</strong> pelas pessoas e não o<br />
seu nome: O presi<strong>de</strong>nte da República,<br />
Fernan<strong>do</strong> Henrique Car<strong>do</strong>so... /<br />
O primeiro-ministro John Major... /<br />
O ministro <strong>do</strong> Exército, Zenil<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
Lucena... É em função <strong>do</strong> cargo ou ativida<strong>de</strong><br />
que, em geral, elas se tornam<br />
notícia. A única exceção é para cargos<br />
com nomes muito longos. Exemplo:<br />
O engenheiro João da Silva, presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>do</strong> Sindicato das Empresas<br />
<strong>de</strong> Compra, Venda, Locação e Administração<br />
<strong>de</strong> Imóveis Resi<strong>de</strong>nciais e<br />
Comerciais <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> (Secovi),<br />
garantiu ontem que...<br />
24 — Você po<strong>de</strong> ter familiarida<strong>de</strong><br />
com <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s termos ou situações,<br />
mas o leitor, não. Por isso, seja<br />
explícito nas notícias e não <strong>de</strong>ixe<br />
nada subentendi<strong>do</strong>. Escreva, então: O<br />
<strong>de</strong>lega<strong>do</strong> titular <strong>do</strong> 47º Distrito Policial<br />
informou ontem..., e não apenas:<br />
O <strong>de</strong>lega<strong>do</strong> titular <strong>do</strong> 47º informou<br />
ontem.<br />
25 — Nas matérias informativas,<br />
o primeiro parágrafo <strong>de</strong>ve fornecer a<br />
maior parte das respostas às seis perguntas<br />
básicas: o que, quem, quan<strong>do</strong>,<br />
on<strong>de</strong>, como e por quê. As que não pu<strong>de</strong>rem<br />
ser esclarecidas nesse parágrafo<br />
<strong>de</strong>verão figurar, no máximo, no se-