07.05.2013 Views

Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Que (com preposição) 245<br />

Que (com preposição)<br />

qual) tinha direito (ter direito a alguma<br />

coisa). / O joga<strong>do</strong>r em quem (e<br />

não que) o Santos tinha interesse era<br />

X (ter interesse em) / Venceu a prova<br />

<strong>de</strong> que (da qual) participou (participa-se<br />

<strong>de</strong>). / Não sabia com que (com<br />

a qual) espécie <strong>de</strong> gente estava lidan<strong>do</strong><br />

(lida-se com). / O processo a que<br />

(ao qual) respondia prescreveu (respon<strong>de</strong>-se<br />

a um processo). / O convite<br />

<strong>de</strong> que abriu mão... / A bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

que era capaz... / O livro <strong>de</strong> que lhe<br />

falei...<br />

Atenção. <strong>São</strong> erradas frases como:<br />

Esse contrato, que ninguém revela as<br />

bases... / A empresa, que o ministro<br />

não quis revelar o nome... / O criminoso,<br />

que ninguém sabia dizer o<br />

nome... / A carta, que ele guar<strong>do</strong>u a<br />

cópia... / O acusa<strong>do</strong>, que você ignorava<br />

a profissão... Em todas elas falta<br />

um <strong>de</strong>: <strong>de</strong> que ninguém revela as<br />

bases, <strong>de</strong> que o ministro não quis revelar<br />

o nome, <strong>do</strong> qual ninguém sabia<br />

dizer o nome, <strong>de</strong> que ele guar<strong>do</strong>u a<br />

cópia, <strong>de</strong> que você nem sabia a profissão.<br />

E todas, melhor, po<strong>de</strong>riam ser<br />

construídas com o relativo cujo: O<br />

contrato cujas bases ninguém revela...<br />

/ A empresa cujo nome o ministro<br />

não quis revelar... / O criminoso<br />

cujo nome ninguém sabia dizer... / O<br />

acusa<strong>do</strong> cuja profissão você ignorava...<br />

/ A carta cuja cópia ele guar<strong>do</strong>u...<br />

2 — Mantenha a preposição quan<strong>do</strong><br />

o que introduz orações que completam<br />

o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> um substantivo,<br />

adjetivo ou advérbio (completivas nominais):<br />

Estamos certos (<strong>do</strong> quê?) <strong>de</strong><br />

que não se haviam aborreci<strong>do</strong>. / Manifestou<br />

a certeza (<strong>do</strong> quê?) <strong>de</strong> que<br />

ninguém o contestaria. / Chegou à<br />

conclusão <strong>de</strong> que o caso estava perdi<strong>do</strong>.<br />

/ Não existe nenhuma possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> que a lei seja reformulada. /<br />

Publicou a notícia <strong>de</strong> que o ministro...<br />

/ Não há dúvida <strong>de</strong> que cabe ao<br />

Congresso... / Deu-se conta <strong>de</strong> que<br />

havia outras saídas. / Era contrário a<br />

que to<strong>do</strong>s comparecessem... / Era favorável<br />

a que o absolvessem.<br />

Gran<strong>de</strong> parte das frases como as citadas<br />

constrói-se com o verbo ter +<br />

substantivo: Tenho me<strong>do</strong> <strong>de</strong> que não<br />

cheguem a tempo. / Tinha a impressão<br />

<strong>de</strong> que, tinha a certeza <strong>de</strong> que,<br />

tinha esperanças <strong>de</strong> que, tinha confiança<br />

<strong>de</strong> que, a expectativa <strong>de</strong> que,<br />

o receio <strong>de</strong> que, o temor <strong>de</strong> que, a <strong>de</strong>sconfiança<br />

<strong>de</strong> que, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

que, a consciência <strong>de</strong> que, etc.<br />

3 — A preposição po<strong>de</strong> (a forma é<br />

mais eufônica) ser omitida quan<strong>do</strong> o<br />

que introduz oração que tem a função<br />

<strong>de</strong> objeto indireto: Duvi<strong>do</strong> que ele<br />

faça isso (embora também seja correto<br />

escrever duvi<strong>do</strong> <strong>de</strong> que ele faça<br />

isso). / O governo concor<strong>do</strong>u que<br />

(preferível eufonicamente a concor<strong>do</strong>u<br />

em que) aquela era a melhor proposta.<br />

/ O acusa<strong>do</strong> <strong>de</strong>sconfiava que<br />

queriam prejudicá-lo. / Precisamos<br />

que alguém nos aju<strong>de</strong>. / Os assaltantes<br />

suspeitavam que alguém os havia<br />

<strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong>. / To<strong>do</strong>s insistiram que<br />

(preferível a insistiram em que) estava<br />

na hora <strong>de</strong> mudar a política da<br />

empresa. / Militares confiavam que<br />

(preferível a confiavam em que) a<br />

anistia seria rejeitada. / Não se importava<br />

que ela fosse feia. / Suspeitase<br />

que ninguém virá à festa.<br />

Observação. Mesmo que haja inúmeros<br />

exemplos em contrário, prefira<br />

usar os verbos recordar-se, lembrar-se<br />

e esquecer-se com a preposição<br />

<strong>de</strong>: Lembrava-se vagamente <strong>de</strong><br />

que perto da casa corria um riacho. /<br />

Recor<strong>do</strong>u-se <strong>de</strong> que o haviam ofendi<strong>do</strong><br />

anos atrás. / Não se esqueça <strong>de</strong><br />

que o torneio começa amanhã.<br />

4 — Quan<strong>do</strong> há outra preposição<br />

antes, clara ou subentendida, o em<br />

que prece<strong>de</strong> o que po<strong>de</strong> ser omiti<strong>do</strong><br />

nas orações <strong>de</strong> tempo, lugar e mo<strong>do</strong>.<br />

O uso <strong>do</strong> em, no entanto, torna a frase<br />

mais clara: Num país (em) que um governa<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong>rruba um ministro... /<br />

Ficou solidário com o chefe nas vezes

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!