Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI
Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI
Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Artesão 42<br />
Artigo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong><br />
ruineis, arruínem. Imper. afirm.: Arruína<br />
tu, arruinai vós. Nos <strong>de</strong>mais<br />
tempos, o acento cai na terminação e<br />
não no i (arruinei, arruinara, etc.).<br />
Artesão. Flexões: artesã e artesãos.<br />
Artigo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>. Veja algumas das principais<br />
situações em que se usa o artigo<br />
<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> (o, a, os, as):<br />
1 — Uso geral<br />
a) Individualiza o substantivo: O<br />
mari<strong>do</strong>, a mulher e os filhos compareceram<br />
à festa. / Aquele era o <strong>do</strong>no<br />
da empresa.<br />
b) Dá ênfase a uma situação única:<br />
Não era um <strong>jornal</strong>ista; era o <strong>jornal</strong>ista.<br />
c) Prece<strong>de</strong> os nomes <strong>de</strong> trabalhos literários<br />
e artísticos (se o artigo fizer<br />
parte <strong>do</strong> nome, irá em maiúsculas):<br />
Gostava mais <strong>do</strong> Quincas Borba que<br />
das Memórias Póstumas <strong>de</strong> Brás<br />
Cubas. / Preferia Os Lusíadas às Memórias<br />
<strong>do</strong> Cárcere.<br />
d) Particulariza nomes <strong>de</strong> coisas<br />
(prédios, edifícios, veículos, embarcações,<br />
etc.) e a concordância se faz com<br />
a idéia expressa pela coisa: a (nave)<br />
Challenger, o (porta-aviões) Minas<br />
Gerais, o (prédio) Martinelli, o (edifício)<br />
Joelma, o (navio) Ana Néri, o (remédio)<br />
AZT.<br />
e) Exprime no singular a idéia <strong>de</strong><br />
plural <strong>de</strong> um gênero, categoria, grupo<br />
ou substância: O tamoio aliou-se ao<br />
francês, no Rio. / “O sertanejo é antes<br />
<strong>de</strong> tu<strong>do</strong> um forte.”<br />
f) Com função pronominal, evita<br />
um senti<strong>do</strong> ambíguo: Entre o exército<br />
brasileiro e o argentino. O segun<strong>do</strong><br />
o <strong>de</strong>ixa claro que se trata <strong>de</strong> <strong>do</strong>is exércitos<br />
e não <strong>de</strong> um constituí<strong>do</strong> <strong>de</strong> brasileiros<br />
e argentinos simultaneamente.<br />
2 — Com possessivo<br />
a) É facultativo o uso <strong>do</strong> artigo<br />
antes <strong>de</strong> possessivo que acompanha<br />
um substantivo: meu carro, o meu<br />
carro; sua casa, a sua casa; prejudicar<br />
nossa viagem, prejudicar a nossa viagem.<br />
Para muitos autores, com a<br />
omissão <strong>do</strong> artigo a frase ganha em leveza.<br />
Assim, a forma Sua mãe, seu pai<br />
e seu irmão cantam bem tem mais<br />
ritmo que A sua mãe, o seu pai e o seu<br />
irmão cantam bem.<br />
b) Usa-se o artigo se o possessivo<br />
estiver isola<strong>do</strong> e se preten<strong>de</strong>r particularizar<br />
a afirmação: Esta casa é a<br />
minha. / To<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem zelar pelo<br />
nome <strong>do</strong>s seus.<br />
c) Não se usa o artigo quan<strong>do</strong> o possessivo<br />
pertence a uma fórmula <strong>de</strong> tratamento,<br />
faz parte <strong>de</strong> um vocativo ou<br />
equivale a alguns, muitos: Recorro a<br />
(e não à) Vossa Senhoria. / Nossa Senhora<br />
chorava. / Veja, meu amigo,<br />
quanta malda<strong>de</strong>. / To<strong>do</strong>s temos nossos<br />
<strong>de</strong>feitos.<br />
d) Também não têm artigo expressões<br />
como em minha opinião, a meu<br />
ver, a seu ver, em meu po<strong>de</strong>r, em nossas<br />
mãos, a seu bel-prazer, por vossa<br />
vonta<strong>de</strong>, por meu mal, algo <strong>de</strong> seu,<br />
muito <strong>de</strong> meu, etc.<br />
e) O artigo substitui o possessivo<br />
quan<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> antes <strong>do</strong> nome <strong>de</strong> partes<br />
<strong>do</strong> corpo, peças <strong>de</strong> roupa, objetos<br />
<strong>de</strong> uso pessoal, faculda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> espírito<br />
e relações <strong>de</strong> parentesco: Mexeu os<br />
braços (e não os seus braços). / Passou<br />
a mão pelos cabelos. / Vestiu a camisa<br />
e as calças. / Colocou os óculos,<br />
a capa e o chapéu, e saiu. / Lembrava-se<br />
remotamente <strong>do</strong> pai.<br />
3 — Com nomes geográficos<br />
a) Usa-se normalmente o artigo<br />
com os nomes <strong>de</strong> países, regiões, continentes,<br />
montanhas, vulcões, <strong>de</strong>sertos,<br />
constelações, rios, lagos, oceanos,<br />
mares e grupos <strong>de</strong> ilhas: o Brasil, os<br />
Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, a Antártida, a Baixada<br />
Santista, a Europa, os Alpes, os<br />
An<strong>de</strong>s, o Vesúvio, o Saara, o Cruzeiro<br />
<strong>do</strong> Sul, a Ursa Maior, o Tietê, o Titicaca,<br />
o Atlântico, o Mediterrâneo,<br />
os Açores. Exceção. Alguns países e<br />
regiões, no entanto, rejeitam o artigo:<br />
Portugal, Angola, Moçambique,<br />
Cabo Ver<strong>de</strong>, <strong>São</strong> Tomé e Príncipe,