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Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

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Artigo in<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> 45<br />

Artigo in<strong>de</strong>fini<strong>do</strong><br />

Artigo in<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>. O artigo in<strong>de</strong>fini<strong>do</strong><br />

(um, uma, uns e umas) serve principalmente<br />

para apresentar pessoas, objetos<br />

ou espécies ainda <strong>de</strong>sconhecidas<br />

(ao contrário <strong>do</strong> artigo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>, que se<br />

refere em geral a algo já menciona<strong>do</strong>:<br />

o homem, os princípios, a Constituição,<br />

a mãe e as filhas, etc.): Ali estava<br />

um homem ou uma mulher? / Era<br />

um belo pôr-<strong>do</strong>-sol, com uma cor que<br />

o casal jamais havia visto.<br />

Deve, porém, ser evita<strong>do</strong>, especialmente<br />

nos títulos, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>snecessário<br />

ou quan<strong>do</strong> não tiver função na<br />

frase: Indústria rejeita (um) aumento<br />

generaliza<strong>do</strong> <strong>de</strong> impostos / Atleta recebe<br />

(um) troféu na Itália.<br />

1 — Use o artigo<br />

a) Para dar realce ao substantivo: O<br />

menino era um gênio. / O <strong>de</strong>senhista<br />

tem um traço admirável.<br />

b) Para esclarecer melhor substantivo<br />

já emprega<strong>do</strong> anteriormente com<br />

artigo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>: Fez a advertência necessária,<br />

uma advertência que não<br />

<strong>de</strong>ixava margem a dúvidas. / Trazia<br />

consigo o livro <strong>de</strong> hábito, um livro<br />

velho e já sem capa.<br />

c) Para representar, no singular,<br />

toda uma espécie ou categoria: Este,<br />

sim, é um profissional. / Um homem<br />

não pratica atos tão cruéis.<br />

d) Para indicar aproximação ou arre<strong>do</strong>ndamento<br />

(sempre antes <strong>de</strong> numeral):<br />

Morei ali uns seis anos. / A<br />

conversa consumiu uma boa meia<br />

hora.<br />

e) Em correlação com outro: Um<br />

assaltante entrou no banco e o outro,<br />

no carro. / Uns chegaram e os outros<br />

saíram.<br />

f) Antes <strong>de</strong> nomes próprios, para indicar<br />

semelhança, representação <strong>de</strong><br />

espécie ou família e aspectos imprevistos<br />

<strong>de</strong> uma pessoa: Agia como um<br />

Torquemada. / Faltava um De Gaulle<br />

na França.<br />

g) Para <strong>de</strong>signar obras <strong>de</strong> um artista:<br />

Rouba<strong>do</strong> um Renoir no Louvre. /<br />

Tinha um Miró na sala.<br />

h) Com nomes geográficos, quan<strong>do</strong><br />

qualifica<strong>do</strong>s: Um Amazonas <strong>de</strong><br />

águas barrentas. / Viu uns An<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s<br />

e neva<strong>do</strong>s.<br />

i) Para indicar intensida<strong>de</strong>, em expressões<br />

coloquiais: Mostrava uma<br />

inocência... / Era da<strong>do</strong> a uns repentes.<br />

/ Deu um olhar...<br />

2 — Dispense o artigo<br />

À exceção <strong>do</strong>s casos <strong>de</strong> realce e <strong>do</strong>s<br />

outros menciona<strong>do</strong>s no item 1, os artigos<br />

um, uma, uns, umas po<strong>de</strong>m,<br />

quase sempre, ser evita<strong>do</strong>s (ou melhor,<br />

<strong>de</strong>vem, pois seu uso excessivo<br />

constitui galicismo). Veja se a frase<br />

não se altera com a supressão <strong>do</strong> artigo.<br />

Se não, consi<strong>de</strong>re-o dispensável. E<br />

evitável, como nos casos abaixo:<br />

a) Antes <strong>do</strong>s adjetivos ou pronomes<br />

igual, semelhante, tal, certo, outro e<br />

qualquer: O sena<strong>do</strong>r falava com<br />

(uma) igual solenida<strong>de</strong>. / Nunca lhe<br />

ocorrera (uma) semelhante idéia. /<br />

Recusou-se a proferir (um) tal disparate.<br />

/ A providência chegou com<br />

(um) certo atraso. / O casal teve (um)<br />

outro filho um ano <strong>de</strong>pois. / Havia<br />

(uma) outra coisa <strong>de</strong> que não sabia. /<br />

Não aceita (um) qualquer emprego.<br />

Exceções. Admite-se o artigo, porém,<br />

em casos nos quais o adjetivo ou<br />

pronome vem <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> substantivo e<br />

quan<strong>do</strong> tal torna in<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> um<br />

nome <strong>de</strong> pessoa: Pediu uma camisa<br />

igual à <strong>do</strong> amigo. / Tinha uma pele semelhante<br />

à minha. / A menina disse<br />

uma coisa certa. / Está aí um tal Alfre<strong>do</strong>.<br />

/ Traga os meninos um dia<br />

qualquer. Com frases negativas ou interrogativas,<br />

porém, recomenda-se a<br />

omissão <strong>do</strong> artigo: Jamais se leu besteira<br />

igual. / Nunca se cometeu barbarida<strong>de</strong><br />

tal. / Quem produziria artigos<br />

semelhantes?<br />

b) Logo <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> verbo ser, ainda<br />

mais se a supressão <strong>de</strong>r harmonia à<br />

frase: O joga<strong>do</strong>r era (um) homem <strong>de</strong>

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