07.05.2013 Views

Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Apagar-se 39<br />

Aposto<br />

Apagar-se. Prefira esta forma, e não apagar,<br />

apenas: A luz apagou-se. / É preciso<br />

evitar que os fornos se apaguem.<br />

Aparecida. A cida<strong>de</strong> é Aparecida, e não<br />

“Aparecida <strong>do</strong> Norte”.<br />

Apaziguar. Conjuga-se como averiguar<br />

(ver, página 50).<br />

Apelar para. 1 — O certo é apelar para<br />

e não apelar a: Agricultores apelam<br />

para o governo. / Pais apelam para secretário<br />

contra escola. / Não sabiam<br />

para quem apelar. 2 — Se a estrutura<br />

da frase exigir outro para, use então<br />

recorrer em vez <strong>de</strong> apelar: A propaganda<br />

recorre ao nu masculino para<br />

atrair o público feminino. 3 — Existe<br />

ainda a forma apelar <strong>de</strong> (interpor recurso):<br />

O advoga<strong>do</strong> apelou da sentença.<br />

Apeli<strong>do</strong>s. 1 — No caso <strong>de</strong> ser necessário<br />

i<strong>de</strong>ntificar as pessoas por apeli<strong>do</strong>s, escreva-os<br />

em itálico: Zelão, o Gor<strong>do</strong>,<br />

Fumaça, etc. 2 — A norma não vale<br />

para os apeli<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público<br />

ou <strong>de</strong> esportistas, que <strong>de</strong>vem ser grafa<strong>do</strong>s<br />

em corpo normal: Chico Buarque,<br />

Zé Ramalho, Juca <strong>de</strong> Oliveira,<br />

Careca, Bebeto, Didi, etc.<br />

Apiedar-se. Prefira ter pena <strong>de</strong>. Se necessário,<br />

porém, conjugue o verbo<br />

como regular: eu me apie<strong>do</strong>, tu te<br />

apiedas; que eu me apie<strong>de</strong>, que tu te<br />

apie<strong>de</strong>s (e não que eu me apia<strong>de</strong>); etc.<br />

“Apoiamento”. Não existe. Use compromisso<br />

<strong>de</strong> apoio ou forma semelhante.<br />

“Apontar que”. Alguém aponta alguma<br />

coisa, mas não aponta que...<br />

Aportuguesamento. Ver palavras estrangeiras,<br />

página 209.<br />

Após. Usa-se em formas como: Saiu<br />

após o pai. / Ano após ano. / Após si.<br />

/ Falaremos após. / Após o jogo. Após<br />

ao, <strong>do</strong> jargão esportivo, não existe.<br />

Sempre que possível, porém, prefira<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>, mais usual.<br />

Aposentar-se. Alguém se aposenta e<br />

não aposenta, simplesmente: Muitos<br />

acham que o brasileiro se aposenta<br />

ce<strong>do</strong>. / Ele já se aposentou.<br />

Após mais particípio. Com particípio,<br />

use <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> e nunca após: <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

realiza<strong>do</strong> (e não após realiza<strong>do</strong>), <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> promulgada (e não após promulgada),<br />

etc.<br />

Aposto. 1 — É a palavra ou expressão<br />

que explica ou resume outro termo da<br />

oração: A CBS, re<strong>de</strong> <strong>de</strong> televisão <strong>do</strong>s<br />

EUA, <strong>de</strong>nunciou o tráfico <strong>de</strong> influência<br />

no governo. / Veneza, a cida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

canais, atrai visitantes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong>. / Guimarães Rosa, escritor, era<br />

diplomata <strong>de</strong> carreira. / Nós, pobres<br />

mortais, só podíamos fazer-lhe as<br />

vonta<strong>de</strong>s. / Jack, o Estripa<strong>do</strong>r, foi<br />

tema <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> filmes. Quan<strong>do</strong><br />

vem <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> fundamental (a palavra<br />

modificada), o aposto fica entre vírgulas,<br />

como nos exemplos acima.<br />

2 — Procure distinguir <strong>jornal</strong>isticamente<br />

os casos em que o aposto vai<br />

entre vírgulas ou não.<br />

a) Usa-se entre vírgulas o nome <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> um cargo ou a qualificação<br />

<strong>de</strong> uma pessoa quan<strong>do</strong> só uma<br />

pessoa po<strong>de</strong> ocupar o cargo ou ter <strong>de</strong>terminada<br />

qualificação: O joga<strong>do</strong>r foi<br />

recebi<strong>do</strong> no Rio pela mulher, Angélica.<br />

(Se a frase, sem vírgula, fosse “o joga<strong>do</strong>r<br />

foi recebi<strong>do</strong> no Rio pela mulher<br />

Angélica”, isso indicaria que o joga<strong>do</strong>r<br />

tem mais <strong>de</strong> uma mulher.) / O sena<strong>do</strong>r<br />

foi à festa com a namorada, Elizeth.<br />

(Se fosse “O sena<strong>do</strong>r foi à festa<br />

com a namorada Elizeth”, a falta da<br />

vírgula indicaria que ele tem mais <strong>de</strong><br />

uma namorada.) Veja outros exemplos:<br />

O presi<strong>de</strong>nte da República, Fernan<strong>do</strong><br />

Henrique Car<strong>do</strong>so, garantiu...<br />

(só há um presi<strong>de</strong>nte da República). /<br />

O governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, Mário<br />

Covas, requereu ontem... (só há um<br />

governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>).<br />

b) Não existe vírgula quan<strong>do</strong> mais<br />

<strong>de</strong> uma pessoa po<strong>de</strong> ocupar o cargo ou<br />

ter <strong>de</strong>terminada qualificação: O promotor<br />

<strong>de</strong> Justiça João <strong>de</strong> Almeida

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!