Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI
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Destroem 94<br />
Deter<br />
d) Nas palavras <strong>de</strong> gíria ainda não<br />
absorvidas pelo idioma ou nos termos<br />
emprega<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong> figura<strong>do</strong>: A<br />
moça consi<strong>de</strong>rou o livro chocante. /<br />
O prefeito criticou os pianistas <strong>do</strong><br />
Congresso. / Um puxa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> automóveis,<br />
os cigarras, um espianto, a corta<strong>de</strong>ira<br />
(ladra), o presunto, um berro<br />
(revólver). / Tirar um sarro. / Saca!<br />
Legal! Falou!<br />
e) Nos apeli<strong>do</strong>s (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não <strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>mínio público): Fininho, Russo,<br />
Alemão, Carlinhos Gor<strong>do</strong>, Zé Catimba,<br />
etc. Em corpo normal, no entanto:<br />
Xuxa, Pelé, Gugu (apresenta<strong>do</strong>r),<br />
Vicentinho, Betinho, Luizão.<br />
f) Para <strong>de</strong>stacar alguma palavra da<br />
frase: O ora<strong>do</strong>r pronunciou o corrupto<br />
com ênfase. / No caso, ladrão é um<br />
termo muito forte.<br />
g) Nos nomes científicos <strong>de</strong> animais<br />
e plantas: Ae<strong>de</strong>s aegypti, Coffea<br />
arabica. Use também itálico nos gêneros<br />
(inseto <strong>do</strong> gênero Glossina),<br />
mas não nas or<strong>de</strong>ns ou famílias: família<br />
das leguminosas, or<strong>de</strong>m das rosales.<br />
h) Para marcar o nome <strong>de</strong> cada cida<strong>de</strong><br />
mencionada no mesmo texto: O<br />
presi<strong>de</strong>nte da República disse ontem,<br />
em Ribeirão Preto, que... Já em Brasília,<br />
à noite, insistiu...<br />
i) Na remissão a outros textos publica<strong>do</strong>s<br />
na mesma edição: A colocação<br />
<strong>do</strong>s times no Campeonato Paulista<br />
(ver ao la<strong>do</strong>) revela... / O <strong>de</strong>creto<br />
<strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte da República sobre a reformulação<br />
<strong>do</strong> Imposto <strong>de</strong> Renda (íntegra<br />
na página B8) mostra... / No seu<br />
discurso aos novos oficiais (ver abaixo),<br />
o ministro <strong>do</strong> Exército garantiu...<br />
3 — Não vão em negrito nem em<br />
itálico:<br />
a) As palavras em <strong>de</strong>staque nos títulos,<br />
olhos, janelas e legendas, que<br />
<strong>de</strong>verão ser escritas entre aspas: “Esta<strong>do</strong>”<br />
ganha o Prêmio Esso. / “Os Íris”<br />
se torna o quadro mais caro <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong>. / Foge o assaltante “Barão”.<br />
b) As palavras ou locuções estrangeiras.<br />
Evite-as ao máximo, mas,<br />
quan<strong>do</strong> necessárias, vão no mesmo<br />
corpo <strong>do</strong> texto: rock, jazz, best seller,<br />
libor, shopping center, pizza, in memoriam,<br />
tour <strong>de</strong> force, parti pris. (Se<br />
você não estiver escreven<strong>do</strong> para o<br />
<strong>jornal</strong>, no entanto, convém marcar<br />
esses termos com negrito, itálico ou<br />
aspas.)<br />
c) Os nomes, mo<strong>de</strong>los e tipos <strong>de</strong><br />
navios, aviões, foguetes, naves espaciais,<br />
satélites, sondas, armamentos,<br />
veículos em geral, etc.: Minas Gerais,<br />
Bateau Mouche, Costa Marina, Jaú,<br />
14 Bis, Phantom, Mirage, Boeing, DC-<br />
10, Sputnik, Challenger, En<strong>de</strong>avour,<br />
Telstar, Urutu, Escort, Merce<strong>de</strong>s-<br />
Benz.<br />
d) O nome <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>s, escolas,<br />
associações e empresas estrangeiras<br />
ou brasileiras e o <strong>de</strong> produtos comerciais:<br />
Harvard, British Petroleum,<br />
Exxon, Bank of America, Votorantim,<br />
Aços Villares, Martini, Bombril,<br />
Coca-Cola, Chivas Regal.<br />
Destroem. Sem acento.<br />
Destróier. Plural: <strong>de</strong>stróieres.<br />
Destruir. Conjuga-se como construir<br />
(ver, página 80).<br />
Desvali<strong>do</strong>. Sem acento (pronuncia-se<br />
<strong>de</strong>svalí<strong>do</strong>).<br />
Desvalorizar-se. Alguma coisa se <strong>de</strong>svaloriza<br />
e não <strong>de</strong>svaloriza, apenas: A<br />
moeda <strong>de</strong>svaloriza-se to<strong>do</strong> dia. /<br />
Suas ações <strong>de</strong>svalorizaram-se.<br />
Desviar-se. Alguém ou alguma coisa se<br />
<strong>de</strong>svia e não <strong>de</strong>svia, apenas: O motorista<br />
conseguiu <strong>de</strong>sviar-se a tempo. /<br />
O carro <strong>de</strong>sviou-se <strong>do</strong> pe<strong>de</strong>stre. / A<br />
prefeitura não se <strong>de</strong>sviou das metas<br />
traçadas.<br />
Detalhe. É redundância falar em “pequenos<br />
<strong>de</strong>talhes”. To<strong>do</strong> <strong>de</strong>talhe é pequeno.<br />
Deter. Atenção para algumas formas:<br />
<strong>de</strong>tinha (e não “<strong>de</strong>tia”); <strong>de</strong>teve, <strong>de</strong>tiveram<br />
(e não “<strong>de</strong>teu”, “<strong>de</strong>teram”); <strong>de</strong>tivera<br />
(e não “<strong>de</strong>tera”); se ele <strong>de</strong>tives-