Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI
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Páscoa 214<br />
Pauta<br />
<strong>do</strong> Ibope. / “A partir das” (pelas) avaliações,<br />
a socieda<strong>de</strong> ficou saben<strong>do</strong><br />
para on<strong>de</strong> vai o seu dinheiro.<br />
Páscoa. Como se trata <strong>de</strong> festa religiosa,<br />
os termos a ela referentes em geral<br />
têm inicial maiúscula: Páscoa, Semana<br />
Santa, Sexta-Feira Santa, Domingo<br />
<strong>de</strong> Ramos, Ressurreição, Paixão,<br />
Procissão da Cruz, Lava-Pés, Quarta-<br />
Feira <strong>de</strong> Cinzas, etc. No entanto: malhação<br />
<strong>do</strong> judas.<br />
Passa<strong>do</strong> <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> o texto<br />
menciona uma ação anterior à atual<br />
ou a outra já realizada (passa<strong>do</strong> <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>),<br />
<strong>de</strong>ve-se usar a forma composta<br />
<strong>do</strong> verbo: Apenas 24 horas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
o ministro ter lança<strong>do</strong> (e não “lançar”)<br />
o plano, a Câmara aprovou o<br />
projeto. / O trem já havia parti<strong>do</strong><br />
quan<strong>do</strong> ele se <strong>de</strong>u conta da hora.<br />
Passo-a-passo, passo a passo. Quan<strong>do</strong><br />
substantivo, tem hífen (é o próprio<br />
processo): O passo-a-passo é a melhor<br />
maneira <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a usar o computa<strong>do</strong>r.<br />
Sem hífen, é mera locução (indica<br />
a forma <strong>do</strong> processo): Avançaram<br />
passo a passo.<br />
Pasta. Use inicial minúscula: a pasta da<br />
Fazenda, essa pasta, etc.<br />
Pastel. Como é substantivo, não varia<br />
no plural quan<strong>do</strong> indica cor: tons pastel<br />
(e não “pastéis”).<br />
“Patamar”. Não use. Para preços, taxas<br />
ou juros, prefira nível ou índice.<br />
Patriarca. Feminino: matriarca.<br />
Pátrios (plural). Nos adjetivos pátrios<br />
compostos, apenas o último elemento<br />
é flexiona<strong>do</strong> e o primeiro obe<strong>de</strong>ce<br />
à forma <strong>de</strong> origem erudita, em geral<br />
mais reduzida: empresa belgo-mineira,<br />
companhia anglo-teuto-brasileira,<br />
consórcios franco-ítalo-nipônicos,<br />
etc.<br />
Paulista, paulistano. Paulista — natural<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, relativo ao Esta<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>: polícia paulista,<br />
governa<strong>do</strong>r paulista. Paulistano —<br />
natural da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, relati-<br />
vo à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>: paulistano<br />
<strong>do</strong> Brás, prefeito paulistano.<br />
Pauta. 1 — Chama-se pauta tanto o conjunto<br />
<strong>de</strong> assuntos que uma editoria<br />
está cobrin<strong>do</strong> para <strong>de</strong>terminada edição<br />
<strong>do</strong> <strong>jornal</strong> como a série <strong>de</strong> indicações<br />
transmitidas ao repórter, não<br />
apenas para situá-lo sobre algum<br />
tema, mas, principalmente, para<br />
orientá-lo sobre os ângulos a explorar<br />
na notícia.<br />
2 — A pauta constitui um roteiro<br />
mínimo forneci<strong>do</strong> ao repórter. Se ela<br />
for muito específica e pedir que ele<br />
apure apenas alguns aspectos da notícia,<br />
o repórter <strong>de</strong>verá obe<strong>de</strong>cer a essa<br />
orientação, para evitar que suas informações<br />
conflitem com as <strong>de</strong> outros<br />
<strong>jornal</strong>istas que estejam trabalhan<strong>do</strong><br />
no mesmo caso ou as repitam.<br />
3 — O pauteiro (prepara<strong>do</strong>r da<br />
pauta) <strong>de</strong>verá sempre que possível incluir<br />
na pauta os telefones <strong>de</strong> pessoas<br />
a entrevistar, en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> locais que<br />
<strong>de</strong>verão ser procura<strong>do</strong>s e da<strong>do</strong>s semelhantes,<br />
que permitirão ganho <strong>de</strong><br />
tempo. O repórter, no entanto, <strong>de</strong>verá<br />
ter iniciativa suficiente para encontrar<br />
as pessoas ou locais necessários<br />
quan<strong>do</strong> esses da<strong>do</strong>s não estiverem disponíveis<br />
ou forem insuficientes.<br />
4 — Pautas óbvias não necessitarão<br />
<strong>de</strong> muito texto. Espera-se, por exemplo,<br />
que um repórter <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> saiba o<br />
que perguntar ao prefeito ou a um secretário,<br />
o que apurar numa mudança<br />
<strong>de</strong> trânsito, como cobrir uma expulsão<br />
<strong>de</strong> invasores <strong>de</strong> área pública, etc.<br />
5 — O repórter <strong>de</strong>verá também ter<br />
bom senso suficiente para mudar a<br />
angulação <strong>de</strong> uma pauta sempre que<br />
um assunto levanta<strong>do</strong> no meio <strong>de</strong><br />
uma entrevista ou cobertura se sobrepuser<br />
aos <strong>de</strong>mais pedi<strong>do</strong>s pela pauta.<br />
Em caso <strong>de</strong> dúvida, convém que ele<br />
entre em contato com o chefe <strong>de</strong> reportagem<br />
ou editor para saber se a sua<br />
<strong>de</strong>cisão é correta.<br />
6 — Evite dispersão <strong>de</strong>snecessária<br />
<strong>de</strong> esforços ao montar uma pauta.