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Manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo - NAUI

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Morto 182<br />

“Muletas”<br />

mes violentos. Particularida<strong>de</strong>s da<br />

vida íntima da pessoa — era homossexual,<br />

era traí<strong>do</strong> pela mulher ou pelo<br />

mari<strong>do</strong>, por exemplo — somente <strong>de</strong>verão<br />

figurar na reportagem se estiverem<br />

diretamente relaciona<strong>do</strong>s com a<br />

causa ou as circunstâncias da morte.<br />

Morto. Ver mata<strong>do</strong>, morto, página 174.<br />

Mudança <strong>do</strong> sujeito. 1 — Não mu<strong>de</strong> o<br />

sujeito nas <strong>de</strong>clarações textuais, isto<br />

é, não transforme o discurso indireto<br />

em direto. Veja <strong>do</strong>is exemplos erra<strong>do</strong>s:<br />

Ganhou <strong>do</strong>is prêmios e saiu da<br />

festa <strong>de</strong>dican<strong>do</strong>-os “à minha mãe e a<br />

todas as mães <strong>do</strong> Brasil”. / Os joga<strong>do</strong>res<br />

estavam tranqüilos, pois achavam<br />

que “per<strong>de</strong>mos, mas cumprimos<br />

o <strong>de</strong>ver”. No primeiro caso, a expressão<br />

minha mãe refere-se à primeira<br />

pessoa e os verbos ganhou e saiu estão<br />

to<strong>do</strong>s na terceira. No segun<strong>do</strong>, achavam<br />

está na terceira pessoa e per<strong>de</strong>mos<br />

e cumprimos, na primeira. Veja<br />

as alternativas: Marcou <strong>do</strong>is gols e<br />

saiu <strong>de</strong> campo <strong>de</strong>dican<strong>do</strong>-os à sua<br />

mãe “e a todas as mães <strong>do</strong> Brasil”. /<br />

Os joga<strong>do</strong>res estavam tranqüilos e<br />

ressaltavam:“Per<strong>de</strong>mos, mas cumprimos<br />

o <strong>de</strong>ver.” Ver outros exemplos<br />

em <strong>de</strong>clarações textuais, item 10, página<br />

88.<br />

2 — Cuida<strong>do</strong> para não trocar o sujeito<br />

em orações enca<strong>de</strong>adas. Veja os<br />

exemplos, to<strong>do</strong>s reais: Seu passe foi<br />

empresta<strong>do</strong> ao Grêmio no ano passa<strong>do</strong><br />

e voltou ao União, on<strong>de</strong> permanecia<br />

na reserva (segun<strong>do</strong> o texto, foi o<br />

passe que voltou ao União, on<strong>de</strong> permanecia<br />

na reserva, e não o joga<strong>do</strong>r,<br />

como se pretendia dizer). / Apesar <strong>de</strong><br />

existir há mais <strong>de</strong> duas décadas,<br />

muita gente não sabe se PNL é algo<br />

relaciona<strong>do</strong> a alguma ciência (como<br />

está escrito, é muita gente que existe<br />

há duas décadas, e não o PNL). / Pistas<br />

<strong>de</strong> kart realizam sonho <strong>de</strong> virar<br />

piloto (são as pistas que estão viran<strong>do</strong><br />

piloto). / Criadas por empresários, a<br />

atuação <strong>de</strong>ssas fundações... (as fun-<br />

dações é que foram criadas, e não a sua<br />

atuação).<br />

Muitíssimo. Superlativo malforma<strong>do</strong>.<br />

Aceitável apenas na linguagem coloquial<br />

ou em <strong>de</strong>clarações.<br />

Muito. 1 — Varia quan<strong>do</strong> prece<strong>de</strong> substantivo:<br />

muitos homens, muita água,<br />

muitas pessoas. A norma é a mesma<br />

caso muito anteceda adjetivo que<br />

forme, com o substantivo seguinte,<br />

uma unida<strong>de</strong>, como se constituísse<br />

uma só palavra: Ele tem muita boa<br />

vonta<strong>de</strong>. / Tratou-a com muita má<br />

vonta<strong>de</strong>. / Trouxe muitas boas novas.<br />

2 — Não varia quan<strong>do</strong> modifica adjetivo,<br />

verbo ou outro advérbio: Eram<br />

muito bons. / Restaram muito poucos<br />

ali. / A população estava muito<br />

satisfeita com o presi<strong>de</strong>nte. / Nem<br />

to<strong>do</strong>s os alunos estudam muito. / Falavam<br />

muito baixo. 3 — Atente para<br />

a diferença: Havia muitos bons homens<br />

ali (muitos homens bons). /<br />

Eram muito bons homens aqueles<br />

(não se po<strong>de</strong> fazer a inversão, neste<br />

caso). / Trouxe muitas velhas amigas<br />

consigo. / Eram muito velhas amigas<br />

<strong>de</strong>les. 4 — Ver em é muito, é pouco,<br />

página 105, a concordância da locução<br />

é muito.<br />

Muito obriga<strong>do</strong>(a). Homem, quan<strong>do</strong><br />

agra<strong>de</strong>ce, diz muito obriga<strong>do</strong>! Mulher,<br />

muito obrigada!<br />

Muito poucos. Muito permanece invariável:<br />

Havia muito poucos carros na<br />

cida<strong>de</strong>. / Eram muito poucas as candidatas<br />

ao emprego.<br />

Muito que. Sem artigo: muito que dizer,<br />

muito que fazer.<br />

Muitos <strong>de</strong>. Quanto à concordância, ver<br />

algum (alguns) <strong>de</strong>, página 35.<br />

“Muletas”. l — Evite, a to<strong>do</strong> custo, o uso<br />

<strong>de</strong> muletas nos títulos, isto é, palavras<br />

empregadas apenas como recurso<br />

para ganhar alguns sinais. Casos mais<br />

comuns: já (Palmeiras já teme o<br />

Treze), seu redundante (Governo contém<br />

os seus gastos: po<strong>de</strong> conter os <strong>de</strong><br />

quem mais?), um (Morto um general<br />

na Espanha), o ou a sem razão (A bala

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