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Download do livro - Faculdade de Direito - Universidade de Coimbra

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<strong>Direito</strong> <strong>do</strong> Urbanismo. Do Planeamento à GestãoCapítulo IGestão urbanística sem planos, com planos,mas sem os contrariar e como execução <strong>de</strong> planos1. Noção e lógicas distintas <strong>de</strong> gestão urbanísticaA gestão urbanística correspon<strong>de</strong>, grosso mo<strong>do</strong>, ao conjunto dasactivida<strong>de</strong>s relacionadas com a concreta ocupação, uso e transformação<strong>do</strong>s solos, quer sejam realizadas directamente pela AdministraçãoPública, quer pelos particulares sob a direcção, promoção, coor<strong>de</strong>naçãoou controlo daquela ( 62 ).Num momento em que praticamente to<strong>do</strong> o território nacionalse encontra abrangi<strong>do</strong> pelos mais diversos instrumentos <strong>de</strong> gestão territoriale, em especial, coberto por planos municipais <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento<strong>do</strong> território – aqueles que classificam e qualificam os solos –, falar emgestão urbanística significa falar na execução <strong>de</strong> planos municipais,nas mais variadas dimensões em que esta tarefa se traduz. Não se po<strong>de</strong>,pois, falar já, actualmente, <strong>de</strong> uma gestão urbanística sem planos, mas<strong>de</strong> uma gestão urbanística assente em instrumentos <strong>de</strong> planeamento.Nesta perspectiva, existe uma estrita relação entre a elaboraçãoe a e execução <strong>do</strong>s planos municipais, entre planeamento e gestão urbanística,fazen<strong>do</strong> ambos parte <strong>de</strong> uma mesma realida<strong>de</strong> iterativa ( 63 ).Tal não significa que planear e executar sejam activida<strong>de</strong>s equivalentes,já que não há como negar que se trata <strong>de</strong> duas realida<strong>de</strong>s que,pelo menos <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista lógico e cronológico, se apresentam comodistintas e sucessivas ( 64 ). No entanto, tal não po<strong>de</strong>rá significar que no( 62 ) Cfr. Fernan<strong>do</strong> Alves Correia, As Gran<strong>de</strong>s Linhas da Recente Reforma <strong>do</strong> <strong>Direito</strong><strong>do</strong> Urbanismo Português, cit., p. 65.( 63 ) Em causa está a perspectivação <strong>do</strong> planeamento como um processo contínuo queabrange não apenas o momento da sua elaboração, mas também o da respectiva concretização,a qual se apresenta como o fim último <strong>do</strong> plano, já que este apenas tem a sua razão <strong>de</strong> ser se forpara ser executa<strong>do</strong>. Por isso referimos supra que quan<strong>do</strong> o plano é elabora<strong>do</strong> tem <strong>de</strong> integrar jádisposições atinentes ao quan<strong>do</strong> e ao mo<strong>do</strong> da respectiva execução.( 64 ) Por isso, afirma António Cândi<strong>do</strong> <strong>de</strong> Oliveira que “executar não é o mesmo queplanear. A invenção, a imaginação, a criação são naturais e encontram a sua expressão no89

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