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Download do livro - Faculdade de Direito - Universidade de Coimbra

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<strong>Direito</strong> <strong>do</strong> Urbanismo. Do Planeamento à Gestão – Parte IItomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre o seu objecto…”.Serve esta fase para aferir a existência <strong>do</strong>s pressupostos procedimentos,quer <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m subjectiva – competência <strong>do</strong> órgão e legitimida<strong>de</strong><strong>do</strong> requerente –, quer objectiva – inteligibilida<strong>de</strong>, tempestivida<strong>de</strong><strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>; inexistência <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre igual pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> requerentehá menos <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos, etc. Em causa está a diferenciação entre o <strong>de</strong>ver<strong>de</strong> pronúncia – que os órgãos administrativos sempre têm perantequalquer assunto que lhe seja apresenta<strong>do</strong> pelos particulares (artigo 9.°,n.° 1, <strong>do</strong> CPA) – e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão – que apenas existe caso estejamverifica<strong>do</strong>s os menciona<strong>do</strong>s pressupostos procedimentais.Verificadas estas questões, o órgão administrativo competente(no caso, o presi<strong>de</strong>nte da câmara que, para o efeito, é auxilia<strong>do</strong> pelogestor <strong>do</strong> procedimento) po<strong>de</strong> concluir:– pela existência <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os pressupostos procedimentais e pelainexistência <strong>de</strong> qualquer irregularida<strong>de</strong> formal, dan<strong>do</strong> andamento aoprocedimento para a fase <strong>de</strong> instrução (fase <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> elementosque permitam tomar posição quanto ao pedi<strong>do</strong> formula<strong>do</strong>);– pela existência <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s pressupostos, mas com necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> correcção <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> (ou <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos a juntar), situação que,por as irregularida<strong>de</strong>s serem sanáveis, <strong>de</strong>ve dar origem a um <strong>de</strong>spachonesse senti<strong>do</strong>, <strong>de</strong> forma a que, sanada a irregularida<strong>de</strong>, se possa darandamento ao procedimento. Este <strong>de</strong>spacho é proferi<strong>do</strong> no prazo <strong>de</strong>oito dias ( 159 );– pela inexistência <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s pressupostos procedimentais ouerros insanáveis no pedi<strong>do</strong> formula<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>, neste caso, rejeitá-lo(<strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> rejeição liminar, a ser proferi<strong>do</strong> no prazo <strong>de</strong> 10 dias).Embora a fase <strong>de</strong> saneamento sirva apenas para verificar a correcçãoformal e procedimental <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>, admite-se que possa haverjá, neste momento, uma apreciação da questão <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>. É isso que<strong>de</strong>corre <strong>do</strong> disposto <strong>do</strong> n.° 4 <strong>do</strong> artigo 11.°, ao admitir <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> rejei-( 159 ) Nesta hipótese, <strong>de</strong>ve ser indica<strong>do</strong>, <strong>de</strong> forma expressa, o prazo <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> qual <strong>de</strong>vemser apresenta<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos em falta ou corrigidas as irregularida<strong>de</strong>s, referin<strong>do</strong>-se a lei,a este propósito, a um prazo <strong>de</strong> 15 dias para que o pedi<strong>do</strong> seja completa<strong>do</strong> ou corrigi<strong>do</strong>. Esteprazo é importante, na medida em que, caso o interessa<strong>do</strong> não dê cumprimento ao <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>,o procedimento consi<strong>de</strong>ra-se extinto por <strong>de</strong>serção, valen<strong>do</strong>, no entanto, para esta extinção <strong>do</strong>procedimento, o prazo especial aqui referi<strong>do</strong> e não o prazo geral constante <strong>do</strong> artigo 111.° <strong>do</strong>CPA (que é <strong>de</strong> seis meses).167

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