17.07.2015 Views

Download do livro - Faculdade de Direito - Universidade de Coimbra

Download do livro - Faculdade de Direito - Universidade de Coimbra

Download do livro - Faculdade de Direito - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Direito</strong> <strong>do</strong> Urbanismo. Do Planeamento à Gestão– Iniciativas privadas e fechadas no limite <strong>de</strong> cada proprieda<strong>de</strong>(isto é, com total ausência <strong>de</strong> processos associativos).As consequências <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> gestão traduzem-se:– Numa ocupação dispersa e <strong>de</strong>sgarrada no território, comomarca <strong>de</strong> um licenciamento casuístico <strong>de</strong> operações urbanísticas quecumprem (não contrariam) as opções <strong>do</strong>s planos directores municipais;– Numa irracional expansão das infra-estruturas pelo território,que permanecem, muitas vezes, subaproveitadas;– Num crescimento casuístico, fragmenta<strong>do</strong> e disperso, entrecruza<strong>do</strong>com terrenos expectantes, mais ou menos aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s;– Em insuficiências, quantitativas e qualitativas, <strong>de</strong> infra-estruturas,equipamentos e espaços ver<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> espaço público em geral.Tu<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um casuísmo e na pequena dimensão <strong>de</strong> muitasdas operações urbanísticas, a que acresce a falta <strong>de</strong> meios: os promotorestêm em regra um contributo insuficiente e os proprietáriosimobilistas têm uma contribuição quase nula.A solução para alguns <strong>de</strong>stes problemas passa pela assunção, porparte <strong>do</strong>s municípios, <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> mais proactiva, programan<strong>do</strong> asoperações privadas em função das suas priorida<strong>de</strong>s; condicionan<strong>do</strong> asoperações urbanísticas a soluções <strong>de</strong> conjunto; e promoven<strong>do</strong> parceriasentre priva<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>stes com a Administração na concretização <strong>do</strong>splanos. Tu<strong>do</strong> a apontar para uma nova lógica <strong>de</strong> gestão urbanística,on<strong>de</strong> os municípios programam, coor<strong>de</strong>nam e controlam operaçõesque, <strong>de</strong> forma integrada, executem os planos, em vez <strong>de</strong> se limitarema controlar, por intermédio <strong>do</strong>s procedimentos legalmente previstos,operações urbanísticas casuísticas e <strong>de</strong>sgarradas com o único intuito<strong>de</strong> garantir que não contrariam os planos.2. Os instrumentos <strong>de</strong> gestão urbanísticaDo exposto resulta existirem várias lógicas, distintas, <strong>de</strong> perspectivara gestão urbanística, sen<strong>do</strong> que em função <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>lasse perspectivam como prioritários diferentes instrumentos postos àdisposição da Administração municipal.91

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!