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TEMAS DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

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Em 8 de março, a PFDC recebeu ofício de um Deputado Federal de Santa Catarina,<br />

apresentando relatório de advogado brasileiro que estivera na Turquia em julho de 2006 e<br />

solicitando apoio para intensificar negociação diplomática e jurídica para permitir o retorno<br />

antecipado de AW, em virtude de iminente risco de morte. Na mesma data, o MRE relatou<br />

ter obtido da direção da prisão que fosse AW liberada da realização de qualquer trabalho<br />

manual, bem como de ter instruído o advogado a solicitar transferência de AW ao Brasil.<br />

Posteriormente, informou ser possível iniciar os procedimentos de transferência com base no<br />

princípio internacional de reciprocidade, após a decisão final do processo. Tudo foi comunicado<br />

ao Procurador, que fez várias solicitações à PFDC para melhor orientar a família de AW.<br />

Em abril foi proferida sentença condenatória, da qual foi interposto recurso. Em 15 de<br />

maio, o MRE informou não ser possível a transferência de presos entre Brasil e Turquia com<br />

base na promessa de reciprocidade, mas a expulsão, se constatada doença grave. Em 5<br />

de junho, reiterou a informação e solicitou que fosse contatada a família para desistir do<br />

recurso da sentença condenatória. Antes da resposta, transmitiu a opinião do advogado<br />

de que não conviria desistir do recurso, uma vez que a espera poderia ser proveitosa e que<br />

eventual processo de extradição exigiria trâmite burocrático considerável.<br />

A PFDC pediu esclarecimentos ao MRE sobre o instituto jurídico aplicável, recebendo<br />

resposta em 21 de junho de que não era possível antecipar o instituto jurídico ou as condições<br />

para a saída de AW. Em 16 de julho, recebeu a notícia de que estava próxima a decisão<br />

da Corte de Apelações. De tudo foi cientificado o Procurador da República.<br />

Em 31 de julho, o MRE informou que o julgamento fora desfavorável, mas que o advogado<br />

não recebera ainda a notificação. Em 9 de outubro, comunicou que fora solicitada<br />

expulsão de AW à chancelaria turca, por motivação humanitária.<br />

Em 7 de novembro, o Procurador da República solicitou à PFDC notícias sobre a expulsão,<br />

pois a família reportara que AW sofria de anemia e dor no estômago, além dos problemas<br />

cardíacos anteriores. Os fatos foram confirmados em correspondência do MRE de 3 de<br />

dezembro. Dez dias mais tarde, o MRE reportou à PFDC informe da chancelaria turca de<br />

que AW não corria risco de morte e que ainda existia possibilidade de transferência para<br />

o Brasil. Em 20 de fevereiro de 2008, reiterou essas informações e esclareceu que AW não<br />

devia temer ser transferida de prisão.<br />

Em 29 de fevereiro, a PFDC solicitou informações ao MRE sobre a necessidade de pagamento<br />

de multa para dar andamento à expulsão, noticiada à família por um Promotor<br />

de Justiça. Foi averiguado pela Embaixada do Brasil que efetivamente era imprescindível<br />

o pagamento de multa penal e de custas processuais, no montante de US$ 1.400,00, e foi<br />

explicado como deveria ser feita a remessa do numerário. As informações foram retransmitidas<br />

ao Procurador da República em meados de março.<br />

Em 8 de abril, a mãe de AW telefonou para a PFDC relatando que a filha estava com<br />

hemorragia havia 15 dias e sem atendimento médico; que o dinheiro já fora recebido pelas<br />

autoridades e que estava pendente o fornecimento de passagem.<br />

Contatado, o MRE respondeu nos dias seguintes dando conta de que AW havia sido<br />

levada ao hospital, em 27 de março e em 1º de abril, para controle de sangue e prescrição<br />

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