19.04.2013 Views

idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

fundamentos, <strong>de</strong>scritos no texto <strong>do</strong> PPP, e as suas <strong>de</strong>terminações, conforme pontuamos ao<br />

longo <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>scrição.<br />

Todavia, po<strong>de</strong>mos, ainda, citar a ausência total tanto <strong>de</strong> aspectos quantitativos para<br />

fins <strong>de</strong> registro e certificação, quanto <strong>de</strong> aspectos classificatórios, a partir da abolição da<br />

atribuição <strong>de</strong> <strong>um</strong> conceito final aos alunos – os MB, B, R e I - na avaliação <strong>de</strong> seu<br />

<strong>de</strong>sempenho nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Literatura, Educação Física, Educação Artística e Música.<br />

Contu<strong>do</strong>, <strong>um</strong> aspecto central <strong>do</strong> <strong>processo</strong> avaliativo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> por essa diretriz, nela<br />

bem <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>, mas <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> por nós, intencionalmente, para ser aborda<strong>do</strong> por último, por<br />

parecer contraditório, é o fato <strong>de</strong>la integrar, em si, duas lógicas antagônicas: a diagnóstico-<br />

formativa, como bem mostramos, e a seletiva, ao prever a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> alunos<br />

na CA, pelo COC, se este “consi<strong>de</strong>rar que esta medida seja a mais a<strong>de</strong>quada para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da aprendizagem daqueles” (CPII, 2001, p. 2), como que contradizen<strong>do</strong> o<br />

parágrafo anterior a ele que, parecen<strong>do</strong> apontar a realização <strong>de</strong> promoção automática,<br />

dispunha que, ao final <strong>do</strong> ano letivo, o aluno daquela série seria “conduzi<strong>do</strong> à série seguinte”<br />

(i<strong>de</strong>m).<br />

Refletin<strong>do</strong>, primeiramente, quanto a essa duplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lógicas, reportamo-nos a <strong>um</strong><br />

arg<strong>um</strong>ento <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> por Perrenoud (1999), por nós cita<strong>do</strong> alg<strong>um</strong>as páginas atrás, que,<br />

mesmo posicionan<strong>do</strong>-se a favor <strong>de</strong> <strong>um</strong>a evolução das práticas no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a avaliação<br />

“mais formativa e menos seletiva” (p. 145), o que po<strong>de</strong>ríamos interpretar como se ambos<br />

conceitos fossem, por princípio, incompatíveis, reconhece não haver, “a prazo”, essa<br />

“incompatibilida<strong>de</strong>”, posto que as aprendizagens visadas pela avaliação formativa nem<br />

sempre acontecem, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a fatores extrínsecos ou intrínsecos ao próprio aprendiz. Essa, pois,<br />

parece ser, também, a visão que norteia a diretriz.<br />

Além disso, ao analisar a a<strong>do</strong>ção da medida <strong>de</strong> atribuir ao COC a competência <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão sobre a retenção <strong>de</strong> alunos, po<strong>de</strong>mos visl<strong>um</strong>brar a introdução <strong>de</strong> <strong>um</strong> elemento<br />

característico <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> avaliação da quarta geração, segun<strong>do</strong> Guba e Lincoln (2003): a<br />

negociação, em to<strong>do</strong> esse <strong>processo</strong>, entre seus participantes. Nesse senti<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>, vale<br />

ressaltar a ausência, no referi<strong>do</strong> fór<strong>um</strong> <strong>de</strong>cisório, <strong>do</strong>s alunos e suas famílias que, em tal<br />

concepção, também se inserem entre os cita<strong>do</strong>s participantes.<br />

Aliás, a a<strong>do</strong>ção, pela escola, <strong>de</strong> “<strong>um</strong>a seleção negociada com os alunos e suas<br />

famílias” também é <strong>de</strong>fendida por Perrenoud (1999, p. 156).<br />

Já quanto à duplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> posicionamentos distintos em relação à aprovação <strong>do</strong>s<br />

alunos, preven<strong>do</strong>, ao mesmo tempo, sua condução à série seguinte e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />

retenção, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rá-la como <strong>um</strong>a estratégia voltada a contemplar, n<strong>um</strong>a só medida,<br />

130

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!