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idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

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que esta, com sua dinâmica, produz o fracasso escolar, exigin<strong>do</strong> a busca por mo<strong>de</strong>los<br />

mais complexos <strong>de</strong> análise, que rompessem com o paradigma classificatório em favor<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a avaliação diagnóstica e da investigação <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o <strong>processo</strong> educacional, e<br />

levan<strong>do</strong>, conseqüentemente, ao a<strong>um</strong>ento <strong>do</strong> interesse pela discussão <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s<br />

qualitativos e quantitativos.<br />

De todas essas influências, os referi<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>stacam a tecnicista, que teria<br />

cresci<strong>do</strong> mais <strong>do</strong> que outras, e a dialético-transforma<strong>do</strong>ra como as mais freqüentemente<br />

i<strong>de</strong>ntificadas. Além disso, sinalizam a concomitância <strong>de</strong> práticas avaliativas <strong>de</strong> orientações<br />

pedagógicas diferentes, em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong> convívio <strong>de</strong> tendências pedagógicas diversas em<br />

mesmos perío<strong>do</strong>s históricos.<br />

Na outra parte <strong>do</strong>s artigos acerca <strong>de</strong> Referenciais e Mo<strong>de</strong>los, que abordavam aspectos<br />

da avaliação sob o prisma conceitual, histórico, filosófico, sócio-político, psicopedagógico e<br />

educacional propriamente dito, bem como entre o reduzi<strong>do</strong> número <strong>de</strong> artigos que tratam da<br />

Avaliação na Escola e da Escola, o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Barreto e Pinto (2001) i<strong>de</strong>ntificou <strong>um</strong> gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> textos que se reportam à dimensão qualitativa da avaliação, confirman<strong>do</strong>-se, assim,<br />

na década <strong>de</strong> 90, a tendência i<strong>de</strong>ntificada na prece<strong>de</strong>nte.<br />

Critican<strong>do</strong>, com freqüência, o paradigma positivista pre<strong>do</strong>minante na tradição <strong>de</strong><br />

avaliação no Brasil, muitos autores, n<strong>um</strong> tom eminentemente prescritivo, segun<strong>do</strong> esse<br />

estu<strong>do</strong>, além <strong>de</strong> se empenharem em elucidar “pressupostos filosóficos, das ciências h<strong>um</strong>anas e<br />

da própria pedagogia, aos quais se reportam concepções <strong>de</strong> homem, socieda<strong>de</strong> e educação, <strong>de</strong><br />

que <strong>de</strong>correm, por sua vez, diferentes concepções <strong>de</strong> avaliação”, também teriam se <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> a<br />

“esboçar características <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação apresenta<strong>do</strong> como <strong>de</strong>sejável,<br />

partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> diferentes vertentes teóricas, nem sempre claramente explicitadas” (BARRETO,<br />

2001, p. 54).<br />

Sobre esse paradigma emergente <strong>de</strong> avaliação qualitativa, o estu<strong>do</strong> aponta sua<br />

ausência <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> teórica própria, constituin<strong>do</strong>-se n<strong>um</strong>a formulação interdisciplinar, por<br />

agregar elementos <strong>de</strong> várias vertentes <strong>de</strong> pensamento. Essa proprieda<strong>de</strong> seria gerada pela<br />

“própria complexida<strong>de</strong> <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da educação” e pela “dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> abordá-<br />

lo a partir <strong>do</strong>s cânones da ciência clássica em que foram gera<strong>do</strong>s os conceitos <strong>de</strong> avaliação”<br />

(i<strong>de</strong>m, p. 54-55).<br />

Contu<strong>do</strong>, suas características são bastante convergentes - o que indica a existência <strong>de</strong><br />

consenso na área - e po<strong>de</strong>m ser assim <strong>de</strong>scritas:<br />

- Por <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>um</strong>a abordagem historicamente situada, a avaliação qualitativa é<br />

multidimensional, ou seja, leva em conta não apenas a dimensão cognitiva <strong>do</strong> aluno, mas<br />

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