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idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

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<strong>implementação</strong> tem bons resulta<strong>do</strong>s em alguns casos e não em outros” (GOGGIN et al., 1990;<br />

NAJAM, 1995 e GRINDLE, 1980 apud OLIVEIRA, 2006, p. 278).<br />

Focalizan<strong>do</strong> outros <strong>de</strong>bates além <strong>do</strong> “como se <strong>de</strong>veria pesquisar <strong>implementação</strong> para<br />

seu melhor entendimento” (ibid.), acima aborda<strong>do</strong>, Oliveira ainda i<strong>de</strong>ntifica várias discussões,<br />

no âmbito das políticas públicas, <strong>de</strong>senvolv<strong>idas</strong> pela literatura <strong>de</strong> <strong>implementação</strong>, citan<strong>do</strong>,<br />

como <strong>um</strong>a das mais interessantes e ainda existente, a concernente à direção que o fluxo das<br />

<strong>de</strong>cisões, no <strong>processo</strong> <strong>de</strong> planejamento, <strong>de</strong>veria ass<strong>um</strong>ir. Assim, segun<strong>do</strong> ele, haveria <strong>um</strong>a<br />

corrente em <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> controle realizan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> cima para baixo (top <strong>do</strong>wn), ou seja, com as<br />

<strong>de</strong>cisões sen<strong>do</strong> tomadas por autorida<strong>de</strong>s que teriam <strong>um</strong> certo controle <strong>do</strong> <strong>processo</strong> e<br />

<strong>de</strong>cidiriam o que e como seriam implementadas as políticas públicas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa forma,<br />

coor<strong>de</strong>nar efetivamente seu <strong>processo</strong> <strong>de</strong> planejamento.<br />

De mo<strong>do</strong> análogo, Perez (1999) afirma, fundamenta<strong>do</strong> em Lin<strong>de</strong>r e Peters (1987 apud<br />

PEREZ, 1999), que essa escola seria americana, <strong>de</strong> tendência positivista e <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

concepção instr<strong>um</strong>ental e objetiva da política, conceben<strong>do</strong>-a “como produto <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>um</strong> <strong>processo</strong> exógeno, sen<strong>do</strong>, portanto, objetivamente verificável,<br />

conten<strong>do</strong> ‘intenções políticas’ que po<strong>de</strong>m ser alteradas e solucionadas” (i<strong>de</strong>m, p. 69).<br />

Antagonicamente a esse pensamento, outra corrente, segun<strong>do</strong> Oliveira, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ria <strong>um</strong><br />

direcionamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> baixo para cima (bottom up), ressaltan<strong>do</strong> a<br />

importância <strong>de</strong>, nele, se consi<strong>de</strong>rar to<strong>do</strong>s os que estivessem “mais próximos às ações<br />

resultantes <strong>de</strong> políticas públicas”, como a população e os agentes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> com elas<br />

envolvi<strong>do</strong>s, que “po<strong>de</strong>riam e <strong>de</strong>veriam influenciar, <strong>de</strong> forma mais intensa, o <strong>processo</strong> <strong>de</strong><br />

planejamento” daquelas (i<strong>de</strong>m, p. 278-279). Isso se justificaria, a princípio, “por questões <strong>de</strong><br />

efetivida<strong>de</strong> e eficiência 10 , já que esses atores saberiam exatamente o que acontece e o que<br />

seria melhor para se alcançar os resulta<strong>do</strong>s da política” (PALUMBO e HARDER, 1981 apud<br />

OLIVEIRA, 2006, p. 279) e, por outro la<strong>do</strong>, por ser “mais <strong>de</strong>mocrático a participação das<br />

partes interessadas no <strong>processo</strong> nas <strong>de</strong>cisões que lhes afetam” (i<strong>de</strong>m).<br />

Do mesmo mo<strong>do</strong>, Perez (1999) ainda <strong>de</strong>staca que, embora essa abordagem,<br />

basicamente fenomenológica e européia, também apresente, como a outra, <strong>um</strong>a concepção<br />

instr<strong>um</strong>ental da política, a consi<strong>de</strong>ra, sob <strong>um</strong>a visão relativa e não objetiva, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte “<strong>do</strong><br />

contexto, <strong>do</strong>s agentes (que a vêem ou que a questionam), sen<strong>do</strong>, portanto, <strong>um</strong> fenômeno mais<br />

subjetivo, aberto, incerto, contingente, variável e contextual” (PEREZ, 1999, p. 69).<br />

10 Segun<strong>do</strong> Faria (1999), no contexto <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> políticas, efetivida<strong>de</strong> diria respeito ao alcance das metas e<br />

eficiência po<strong>de</strong>ria ser associa<strong>do</strong> ao fazer certo as coisas. Já eficácia, outro termo também emprega<strong>do</strong>,<br />

correspon<strong>de</strong>ria ao fazer as coisas certas.<br />

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