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idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

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a perspectiva anglo-saxônica, é que, apesar <strong>de</strong> a avaliação somente ser consi<strong>de</strong>rada<br />

verda<strong>de</strong>iramente formativa quan<strong>do</strong> voltada para o aluno, é <strong>um</strong> <strong>processo</strong> que envolve<br />

principalmente o professor, que <strong>de</strong>ve utilizar as informações obt<strong>idas</strong> para reorganizar o<br />

trabalho pedagógico, repassan<strong>do</strong> seus julgamentos diretamente ao aluno, para que este saiba<br />

se <strong>de</strong>ve prosseguir ou não.<br />

Então, complementa com a assertiva <strong>de</strong> Black e Wiliam (apud VILLAS BOAS, 2004)<br />

<strong>de</strong> que, enquanto esse feedback <strong>do</strong> professor c<strong>um</strong>pre o propósito <strong>de</strong> apontar ao aluno o que<br />

fazer para avançar, notas ou menções <strong>de</strong>sviam a atenção da aprendizagem, sen<strong>do</strong><br />

contraprodutivas aos propósitos formativos. E acrescenta o arg<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> Sadler (apud i<strong>de</strong>m),<br />

<strong>de</strong> que notas e observações sobre o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> aluno não garantem seu progresso, sen<strong>do</strong>,<br />

para tal, necessário que este conheça “o que o professor espera <strong>de</strong>le em termos <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho, objetivos ou evidências <strong>de</strong> aprendizagem, para que ele mesmo possa comparar o<br />

que já apren<strong>de</strong>u com o que ainda lhe falta apren<strong>de</strong>r e engajar-se no <strong>processo</strong> apropria<strong>do</strong>” (p.<br />

123).<br />

Finalmente, fundamentada por todas essas concepções, Villas Boas (2004) <strong>de</strong>clara<br />

compreen<strong>de</strong>r avaliação formativa - ou media<strong>do</strong>ra, emancipatória, dialógica, integra<strong>do</strong>ra,<br />

<strong>de</strong>mocrática, participativa, cidadã etc – como aquela “que promove o <strong>de</strong>senvolvimento não só<br />

<strong>do</strong> aluno, mas também <strong>do</strong> professor e da escola”, a partir da i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s “aspectos que<br />

necessitam <strong>de</strong> melhoria” (p. 124).<br />

Analisan<strong>do</strong> a concepção <strong>de</strong> avaliação formativa expressa nessa <strong>de</strong>finição, verificamos<br />

que, tal como Fernan<strong>de</strong>s (2005), a autora atribui a esse <strong>processo</strong> a função <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong><br />

melhoria. Porém, enquanto ele focaliza essa melhoria nos <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong><br />

ensino, ou, nas palavras <strong>de</strong> Villas Boas (2004), no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> aluno e <strong>do</strong> professor,<br />

esta amplia esse foco, engloban<strong>do</strong> também o contexto on<strong>de</strong> a avaliação se processa, ou seja, a<br />

escola, conferin<strong>do</strong> <strong>um</strong> caráter mais abrangente a esse mo<strong>de</strong>lo avaliativo. Além disso, também<br />

ressalta sua função diagnóstica <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s aspectos que carecem <strong>de</strong> melhoria. Em<br />

contrapartida, não aborda a função <strong>de</strong> regulação das aprendizagens por professores e alunos,<br />

<strong>de</strong>stacada por Fernan<strong>de</strong>s (2005).<br />

São, assim, visões com aspectos comuns e outros diversos, mas não conflituosos entre<br />

si, que, como dissemos, se complementam, estan<strong>do</strong> presentes, inclusive, nos discursos sobre<br />

avaliação formativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>mais autores, como Perrenoud (1999). Este, aliás, reconhecen<strong>do</strong>-a<br />

como aquela que regula continuamente as aprendizagens, aborda mais alguns aspectos <strong>de</strong>sse<br />

mo<strong>de</strong>lo avaliativo, até aqui ainda não explora<strong>do</strong>s, e que consi<strong>de</strong>ramos importantes para a<br />

caracterização <strong>de</strong>ssa temática, passan<strong>do</strong>-nos, assim a tratá-los.<br />

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