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idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

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Sobre essa visão, Oliveira ainda acrescenta que a ocorrência <strong>de</strong> <strong>um</strong> crescimento da<br />

literatura sobre <strong>de</strong>scentralização, na mesma época <strong>de</strong> sua emergência, também viria justificar<br />

sua necessida<strong>de</strong> em políticas públicas. Contu<strong>do</strong>, os <strong>de</strong>fensores <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> cima para baixo<br />

(top <strong>do</strong>wn) mantinham-se “céticos em relação à ênfase dada às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ter <strong>um</strong> fluxo<br />

mais intenso <strong>de</strong> baixo para cima”, por acreditar que “os atores mais abaixo no <strong>processo</strong> muitas<br />

vezes não tinham <strong>um</strong>a visão <strong>do</strong> to<strong>do</strong> e sobre como controlar o <strong>processo</strong>”. Finalmente, porém,<br />

teria havi<strong>do</strong> “<strong>um</strong>a certa convergência em aceitar a importância <strong>de</strong> ambos os fluxos (top <strong>do</strong>wn<br />

e bottom up) para se enten<strong>de</strong>r políticas públicas e seu <strong>processo</strong> <strong>de</strong> planejamento” (i<strong>de</strong>m.).<br />

Outro <strong>de</strong>bate também existente em boa parte da literatura internacional sobre os<br />

<strong>processo</strong>s <strong>de</strong> planejamento e <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> políticas públicas, i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> por esse autor,<br />

seria a existência <strong>de</strong> <strong>um</strong>a distinção <strong>de</strong>sses, em termos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e estu<strong>do</strong>s, existente entre os<br />

países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e em vias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, fundamentada na premissa, que nunca<br />

teria si<strong>do</strong> testada, “<strong>de</strong> que as condições e o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> planejamento nos <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> países<br />

são substancialmente diferentes” (i<strong>de</strong>m).<br />

A partir <strong>do</strong> exposto, fechamos esse balanço <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> políticas<br />

públicas recorren<strong>do</strong> à síntese <strong>de</strong> seus resulta<strong>do</strong>s, ac<strong>um</strong>ula<strong>do</strong>s até a pouco tempo, elaborada<br />

por Perez (1999). Assim, focalizan<strong>do</strong>, primeiramente, os avanços apresenta<strong>do</strong>s por tais<br />

estu<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>stacamos <strong>um</strong>a melhor compreensão <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> <strong>implementação</strong> – superan<strong>do</strong> a<br />

certeza <strong>do</strong> ‘c<strong>um</strong>pra-se’ pela incerteza produzida por inúmeros percalços - e da variação <strong>de</strong>sse<br />

<strong>processo</strong> em função <strong>do</strong> tempo – o que passou a exigir seu constante monitoramento -, da<br />

política, <strong>de</strong> seus formatos – centraliza<strong>do</strong> ou <strong>de</strong>scentraliza<strong>do</strong> - e da natureza das agências que a<br />

implementam. Além disso, houve também avanços quanto ao “estabelecimento <strong>do</strong>s elos entre<br />

o <strong>de</strong>sempenho da <strong>implementação</strong> e o planejamento da política” (i<strong>de</strong>m, p. 67).<br />

Em contrapartida, enfocan<strong>do</strong> os problemas persistentes, aponta<strong>do</strong>s, segun<strong>do</strong> o autor,<br />

por Lester e outros (1987 apud PEREZ, 1999), po<strong>de</strong>mos citar:<br />

a) o pluralismo teórico, caracteriza<strong>do</strong> pela inexistência <strong>de</strong> <strong>um</strong> conceito específico <strong>de</strong><br />

<strong>implementação</strong> e pela complexida<strong>de</strong> das med<strong>idas</strong>, que acarretaria a ausência <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição das variáveis cruciais que afetariam esse <strong>processo</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los capazes <strong>de</strong><br />

explicá-lo a<strong>de</strong>quadamente ou <strong>de</strong> previsibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> como e <strong>do</strong> por quê <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da<br />

política;<br />

b) o contexto restrito das pesquisas, visto que pre<strong>do</strong>minariam os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> caso com as<br />

seguintes características: encerramento em si, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ração das <strong>de</strong>mais pesquisas<br />

realizadas, pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> “microabordagens contextualizadas, porém dissociadas <strong>do</strong>s<br />

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