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idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

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Apesar disso, reconhece a ocorrência <strong>de</strong> alg<strong>um</strong> efeito que o alerta <strong>de</strong> Pressmam e<br />

Wildavsky teria provoca<strong>do</strong> na produção intelectual da área, com a elaboração <strong>de</strong> vários<br />

trabalhos sobre <strong>implementação</strong>, nos anos e na década seguintes.<br />

Essa produção, porém, parece-lhe não ter da<strong>do</strong> conta <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas questões, como<br />

técnicas para estudar e administrar <strong>implementação</strong> e a diferença entre <strong>implementação</strong> nos<br />

países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e em <strong>de</strong>senvolvimento, que, por isso, continuariam sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>bat<strong>idas</strong> nos<br />

campos <strong>de</strong> conhecimento relaciona<strong>do</strong>s a políticas públicas, tais como planejamento,<br />

administração, ciências políticas e economia aplicada. É sobre ela que passaremos a discorrer<br />

na próxima seção.<br />

2.2 LITERATURA E ESTUDOS SOBRE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS<br />

PÚBLICAS<br />

Oliveira (2006) aponta três gerações em que a literatura <strong>de</strong> <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> políticas<br />

públicas po<strong>de</strong>ria ser dividida, conforme autores como Goggin e outros (1990 apud<br />

OLIVEIRA, 2006) e Najam (1995 apud OLIVEIRA, 2006). A primeira <strong>de</strong>las, surgida logo<br />

após a publicação <strong>de</strong> Implementação, teria da<strong>do</strong> <strong>de</strong>staque à falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates sobre o tema,<br />

crian<strong>do</strong> “<strong>um</strong>a agenda <strong>de</strong> pesquisa para seu melhor entendimento, <strong>de</strong> maneira a direcionar o<br />

campo das políticas públicas na teoria e na prática” (i<strong>de</strong>m, p. 278). Entretanto, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong>la<br />

ter contribuí<strong>do</strong> na inserção da questão da <strong>implementação</strong> na agenda <strong>de</strong> pesquisa sobre<br />

políticas públicas, seus estu<strong>do</strong>s seriam muito específicos em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s casos, pessimistas,<br />

<strong>de</strong>sprovi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> embasamento teórico a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> e <strong>de</strong>spreocupa<strong>do</strong>s com a construção <strong>de</strong><br />

conhecimento na área.<br />

Uma segunda geração, então, teria busca<strong>do</strong> “construir teorias usan<strong>do</strong> <strong>um</strong> número<br />

maior <strong>de</strong> casos em suas pesquisas, com o objetivo <strong>de</strong> criar <strong>um</strong>a análise através da construção<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los para <strong>de</strong>terminar variáveis relevantes e explicar as relações <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong> no<br />

<strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>implementação</strong>” (MAZMANIAN e SABATIER, 1983; VAN METER e VAN<br />

HORN, 1975 apud OLIVEIRA, 2006, p. 278). Porém, a incompatibilida<strong>de</strong> entre tais mo<strong>de</strong>los<br />

impediria sua generalização, impossibilitan<strong>do</strong> sua aplicação em outros contextos ou casos.<br />

Apesar disso, essa literatura teria colabora<strong>do</strong> na tarefa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação das “variáveis<br />

que po<strong>de</strong>riam ser importantes no <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>implementação</strong>”, que viria a ser complementada<br />

por <strong>um</strong>a terceira geração que, combinan<strong>do</strong> “trabalhos conceituais e empíricos, em vez <strong>de</strong> criar<br />

mo<strong>de</strong>los”, teria busca<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificar as variáveis-chave que pu<strong>de</strong>ssem explicar “por que a<br />

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