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idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

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avaliativa proposta e vários professores <strong>de</strong> escolas públicas não só reproduzem enuncia<strong>do</strong>s a<br />

ela associa<strong>do</strong>s como afirmam já utilizá-la em suas práticas escolares há alg<strong>um</strong> tempo.<br />

Em to<strong>do</strong>s esses discursos po<strong>de</strong>m ser encontradas características convergentes, outrora<br />

apresentadas, que sintetizamos através das seguintes expressões: historicamente situada,<br />

multidimensional, processual, contínua, dialógica, dialética e global. Porém, neles também é<br />

possível encontrarmos <strong>um</strong>a certa dispersão, proveniente das diversas correntes teóricas a que<br />

se filiam, relativas às múltiplas ciências sociais e educacionais, como a Psicologia e a<br />

Sociologia, que também vale a pena ser explorada, por contribuir para complementar e<br />

enriquecer o multirreferencia<strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> avaliação formativa.<br />

Por isso, abordaremos mais alg<strong>um</strong>as concepções relativas a esse tema <strong>de</strong>fend<strong>idas</strong> por<br />

Benigna Maria <strong>de</strong> Freitas Villas Boas (2004) e Domingos Fernan<strong>de</strong>s (2005), que, por sua vez,<br />

embasam-se em outros importantes teóricos <strong>do</strong> campo da avaliação.<br />

Inicialmente, visan<strong>do</strong> rever o surgimento da expressão avaliação formativa,<br />

recorremos a Villas Boas que, citan<strong>do</strong> Allal (1986), atribui a Scriven a introdução <strong>do</strong> termo,<br />

em 1967, n<strong>um</strong>a perspectiva em que os <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> avaliação seriam “concebi<strong>do</strong>s para<br />

permitirem ajustamentos sucessivos durante o <strong>de</strong>senvolvimento e a experimentação <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

novo currículo, manual ou méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensino” (ALLAL apud VILLAS BOAS, 2004, p. 118).<br />

No entanto, a autora credita a Bloom e seus segui<strong>do</strong>res o posterior redirecionamento <strong>de</strong>sse<br />

<strong>processo</strong> à avaliação <strong>do</strong>s alunos, “com o objetivo <strong>de</strong> orientá-los para a realização <strong>de</strong> seu<br />

trabalho, ajudan<strong>do</strong>-os a localizar suas dificulda<strong>de</strong>s e a progredir em sua aprendizagem” (i<strong>de</strong>m,<br />

p. 119).<br />

Corroboran<strong>do</strong> esse histórico, Fernan<strong>de</strong>s (2005), todavia, chama-nos atenção para os<br />

princípios behavioristas e neobehavioristas <strong>de</strong> ensino e aprendizagem que fundamentam o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação formativa proposto por esses estudiosos, levan<strong>do</strong>-a, assim, a se<br />

constituir, em geral, <strong>de</strong> <strong>um</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações relacionadas, primordialmente,<br />

a produtos <strong>de</strong> aprendizagem, mensura<strong>do</strong>s com base em <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> objetivos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s<br />

em termos <strong>de</strong> comportamentos observáveis. Desse mo<strong>do</strong>, era conferiria particular relevância à<br />

utilização <strong>de</strong> instr<strong>um</strong>entos que permitissem a medição quantitativa rigorosa das aprendizagens<br />

<strong>do</strong>s alunos, como testes.<br />

O autor ainda qualifica tal mo<strong>de</strong>lo como <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> regulação retroativa, visto<br />

que previa a proposição, pelo professor, <strong>de</strong> tarefas <strong>de</strong> remediação que possibilitassem a<br />

superação <strong>do</strong>s problemas pelo aluno, caso fosse constata<strong>do</strong> o não alcance <strong>do</strong>s objetivos,<br />

somente após <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensino, e não durante seu <strong>de</strong>senrolar.<br />

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