idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...
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momentos, sen<strong>do</strong> ressalta<strong>do</strong>, em duas justificativas, que “o que está sen<strong>do</strong> feito são pequenos<br />
ajustes e pequenas reformulações”.<br />
Outra alegação citada com a mesma freqüência, mas, no senti<strong>do</strong> oposto, em todas as<br />
justificativas <strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> participação satisfatória ou intensa, foi a participação ativa ou<br />
constante <strong>de</strong> discussões, fosse em “reuniões com as equipes e estu<strong>do</strong>s para alcançar o objetivo<br />
assinala<strong>do</strong>”, ou com os professores, “reven<strong>do</strong> os <strong>de</strong>scritores”, discutin<strong>do</strong> “sobre a avaliação<br />
(...) durante os encontros <strong>de</strong> planejamento”, ou sempre que houvesse oportunida<strong>de</strong>.<br />
Essa ocorrência <strong>de</strong> duas linhas antagônicas <strong>de</strong> justificativas – a carência ou<br />
inexistência <strong>de</strong> discussões e a participação ativa nelas –,fora também percebida no caso <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>centes e, então analisadas. Por isso, não o faremos novamente.<br />
Entretanto, po<strong>de</strong>mos ainda citar duas justificativas diferentes a essas também<br />
apresentadas. Uma, alegada por <strong>um</strong> Professor Responsável pela Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Educação<br />
Musical, ao sinalizar, duplamente, os níveis <strong>de</strong> participação intensa e nula, foi a seguinte:<br />
“Intensa em relação restrita à minha área e nenh<strong>um</strong>a em relação às <strong>de</strong>mais áreas”. A outra,<br />
feita por outro Professor Responsável pela Coor<strong>de</strong>nação, mas, <strong>de</strong>sta vez, <strong>de</strong> Educação Física,<br />
para justificar sua participação nenh<strong>um</strong>a, <strong>de</strong>monstra <strong>um</strong> sentimento <strong>de</strong> exclusão <strong>do</strong> <strong>processo</strong><br />
<strong>de</strong> avaliação e re<strong>de</strong>finição da nova proposta avaliativa, ao afirmar que seu <strong>de</strong>partamento<br />
apresentara “<strong>um</strong>a nova ficha para avaliação no Primeiro Segmento”, para cuja elaboração ele<br />
e seus “colegas <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>” não foram “convida<strong>do</strong>s”.<br />
Nesses <strong>do</strong>is casos, percebemos outro antagonismo, na medida em que <strong>do</strong>is Professores<br />
Responsáveis pela Coor<strong>de</strong>nação, pertencentes a <strong>de</strong>partamentos distintos, <strong>de</strong>clararam<br />
condições <strong>de</strong> participação nesse <strong>processo</strong> totalmente opostas, repetin<strong>do</strong>-se o que havíamos<br />
percebi<strong>do</strong> no caso anterior, <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s <strong>de</strong>scritores.<br />
A partir disso, ressaltamos, no tocante à participação da Equipe Pedagógica na fase <strong>de</strong><br />
permanente monitoramento da <strong>implementação</strong> <strong>do</strong> novo <strong>programa</strong> avaliativo, e sua<br />
conseqüente re<strong>de</strong>finição, a ocorrência <strong>de</strong> duas situações. A primeira é a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pontos<br />
<strong>de</strong> vista da equipe acerca <strong>de</strong>ssa questão, que po<strong>de</strong> ser explicada pelas diferenças <strong>de</strong> cunho<br />
funcional e/ou <strong>de</strong>partamental existentes no exercício das três funções constituintes <strong>de</strong>ssa<br />
equipe, bem como da existência <strong>de</strong> duas concepções distintas sobre o que seja re<strong>de</strong>finição <strong>do</strong><br />
<strong>programa</strong>, tal como observamos entre os <strong>do</strong>centes.<br />
A outra, é a apresentação, nessa fase, <strong>do</strong>s níveis mais baixos <strong>de</strong> participação, como<br />
ocorrera com os <strong>do</strong>centes, em função <strong>do</strong>s mesmos fatores por eles aponta<strong>do</strong>s: a escassez ou<br />
inexistência <strong>de</strong> momentos <strong>de</strong> avaliação e re<strong>de</strong>finição constantes <strong>do</strong> <strong>programa</strong> implementa<strong>do</strong>.<br />
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