idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...
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apontaram pelo menos <strong>um</strong> efeito positivo e <strong>de</strong>clararam, unanimemente, não conseguirem<br />
<strong>de</strong>tectar nenh<strong>um</strong> efeito negativo <strong>de</strong>sse <strong>programa</strong>.<br />
Assim, além da reafirmação, pelas três, da melhoria <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> ensino-<br />
aprendizagem, propiciada pela reflexão constante sobre a prática <strong>do</strong>cente, a partir <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />
observação mais <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> seus resulta<strong>do</strong>s como efeito positivo <strong>do</strong> <strong>programa</strong>, duas <strong>de</strong>las<br />
ainda mencionaram, cada <strong>um</strong>a, <strong>um</strong> reflexo positivo <strong>de</strong>ste especificamente sobre os alunos: a<br />
consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> cada <strong>um</strong> e o mo<strong>do</strong> bem positivo como eles<br />
<strong>de</strong>senvolvem a aprendizagem, isto é, com cooperação, sem o me<strong>do</strong> e a competição que notas<br />
e provas cost<strong>um</strong>am promover, contribuin<strong>do</strong>, inclusive, para <strong>um</strong> bom entrosamento na turma.<br />
Já focalizan<strong>do</strong> o sistema escolar como <strong>um</strong> to<strong>do</strong>, <strong>um</strong>a <strong>de</strong>ssas apontou o acendimento da<br />
discussão da avaliação, em sua UE, chegan<strong>do</strong> a ampliar os contatos <strong>de</strong> seus professores com<br />
outros profissionais da área <strong>de</strong> educação <strong>de</strong> outras instituições, e até <strong>de</strong> outros Esta<strong>do</strong>s, que<br />
<strong>de</strong>monstravam, inclusive, muita curiosida<strong>de</strong> em “saber como <strong>um</strong> colégio tradicional como o<br />
CP II (...) consegue trabalhar com <strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> avaliação que é bem mais coerente”.<br />
Todavia, mesmo se <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> incapazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectarem alg<strong>um</strong> efeito negativo <strong>do</strong><br />
<strong>programa</strong>, duas ressaltaram dificulda<strong>de</strong>s já citadas relativas à sua <strong>implementação</strong>. Desse<br />
mo<strong>do</strong>, <strong>um</strong>a ressaltou a resistência inicial ao <strong>programa</strong>, por alguns profissionais, dizen<strong>do</strong>:<br />
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Alguns não queriam, <strong>de</strong> jeito nenh<strong>um</strong>, mudar a forma <strong>de</strong> avaliar.<br />
Achavam que não se conseguiria ser objetivo o suficiente, que os pais não<br />
iriam enten<strong>de</strong>r os <strong>de</strong>scritores utiliza<strong>do</strong>s para montar a ficha. Mas, isso foi<br />
diminuin<strong>do</strong> com o tempo. Foi <strong>um</strong>a questão <strong>de</strong> <strong>um</strong>a primeira adaptação, <strong>de</strong><br />
<strong>um</strong> primeiro contato. E, agora, o número <strong>de</strong> professores, talvez, que<br />
gostariam <strong>de</strong> retornar para o sistema antigo, que seria a questão da nota, seria<br />
muito menor.<br />
Outra, por sua vez, <strong>de</strong>stacou a existência <strong>de</strong> questões pontuais, que vinham sen<strong>do</strong><br />
discut<strong>idas</strong> para se “tentar chegar n<strong>um</strong> ponto com<strong>um</strong>”. Assim, <strong>um</strong>a <strong>de</strong>ssas questões era “a<br />
diferença <strong>de</strong> visão” <strong>do</strong>s agentes avalia<strong>do</strong>res, “fazen<strong>do</strong> com que, por exemplo, o ‘Apresenta’,<br />
marca<strong>do</strong> na ficha, por <strong>um</strong>a pessoa”, pu<strong>de</strong>sse “ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> ‘Apresenta com restrições’ por<br />
outra”. Mas isso, a seu ver, não era <strong>um</strong>a questão própria <strong>do</strong> <strong>programa</strong>, nem tampouco da<br />
ficha, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser também percebi<strong>do</strong> n<strong>um</strong> sistema em que se utilizem notas, como, por<br />
exemplo, quan<strong>do</strong> <strong>um</strong> professor atribui 100 pontos a algo que outro pontuaria como 70.<br />
Uma segunda questão era a menor clareza inicial da ficha, em relação à nota, para<br />
muitos pais, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser <strong>um</strong> dificulta<strong>do</strong>r. Contu<strong>do</strong>, ela, imediatamente, procura transformar<br />
essa dificulda<strong>de</strong> em vantagem, afirman<strong>do</strong>:<br />
Mas, o interessante é que isso acaba forçan<strong>do</strong> <strong>um</strong>a situação <strong>do</strong> pai<br />
sentar com o professor, para ele <strong>de</strong>talhar aquilo. Ou seja, na verda<strong>de</strong>, a ficha<br />
faz o entrosamento da família com a escola e o pai acaba sain<strong>do</strong> com <strong>um</strong>a