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idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

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ou ainda não – cita<strong>do</strong> por 18 <strong>do</strong>centes (51,43%) – e o favorecimento à observação constante,<br />

em diversos momentos, <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> ensino-aprendizagem – sinaliza<strong>do</strong> por 10 (28,57%).<br />

Tal fato nos evi<strong>de</strong>nciou que eles não só reconheciam as funções <strong>de</strong> diagnose e <strong>de</strong><br />

melhoria <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> ensino-aprendizagem <strong>do</strong>s alunos, atribuídas por vários autores à<br />

avaliação formativa como vantajosas para os alunos, como também percebiam essa ficha<br />

como <strong>um</strong> instr<strong>um</strong>ento eficaz na efetivação <strong>de</strong>ssas funções.<br />

Outros três efeitos <strong>do</strong> uso da ficha aponta<strong>do</strong>s como positivos para o aluno por <strong>um</strong><br />

número significativo <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes foram: a contribuição para o aprimoramento <strong>do</strong> seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e para a visualização <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>sempenho, pelo professor, nos vários<br />

aspectos <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> aprendizagem, ambos cita<strong>do</strong>s por nove <strong>do</strong>centes (25,71%), e o<br />

favorecimento à consi<strong>de</strong>ração das peculiarida<strong>de</strong>s e da individualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada aluno,<br />

menciona<strong>do</strong> por oito (22,86%).<br />

Apesar <strong>de</strong> apenas <strong>um</strong>a professora ter aponta<strong>do</strong>, literalmente, o foco no <strong>processo</strong> <strong>de</strong><br />

ensino-aprendizagem e no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> aluno como <strong>um</strong> efeito positivo da ficha sobre<br />

este, outros <strong>de</strong>z mencionaram, sublinearmente, este fato, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> <strong>um</strong>a concepção <strong>de</strong><br />

educação mais h<strong>um</strong>anista e <strong>de</strong>senvolvimentista <strong>do</strong> que ‘conteudista’.<br />

Dos poucos efeitos negativos aponta<strong>do</strong>s, o <strong>de</strong> maior incidência - menciona<strong>do</strong> por três<br />

<strong>do</strong>centes – foi o seguinte: o aluno não enten<strong>de</strong> o significa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>de</strong>scritores.<br />

Passan<strong>do</strong> a analisar a visão <strong>do</strong>cente quanto aos efeitos da ficha para seu próprio<br />

trabalho, percebemos que o quantitativo <strong>de</strong>stes que qualificaram tais efeitos como positivos<br />

foi idêntico ao <strong>do</strong> caso <strong>do</strong> aluno, com a seguinte diferença: a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes que<br />

classificaram os efeitos sobre seu trabalho como exclusivamente positivos (26 ou 74,29%)<br />

reduziu, comparan<strong>do</strong>-se com a <strong>do</strong>s efeitos sobre o aluno, na mesma medida em que a<strong>um</strong>entou<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s que qualificaram aqueles como concomitantemente positivos e negativos,<br />

passan<strong>do</strong> a sete (20,00%). Conseqüentemente, o número <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes que classificaram os<br />

efeitos da ficha sobre seu trabalho como sen<strong>do</strong> exclusivamente negativos manteve-se em <strong>do</strong>is,<br />

como para o caso discente.<br />

Em vista das justificativas apresentadas, constatamos que o efeito da ficha mais cita<strong>do</strong><br />

como positivo para o professor - o melhor diagnóstico das aprendizagens individuais<br />

ocorr<strong>idas</strong> ou ainda não - foi o mesmo que fora aponta<strong>do</strong> para o aluno, mas com <strong>um</strong>a<br />

freqüência <strong>um</strong> pouco mais elevada: 23 <strong>do</strong>centes (65,71%). Isso veio ratifica a impossibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sassociar os efeitos positivos para o aluno <strong>do</strong>s efeitos para o professor, como mencionou,<br />

literalmente, <strong>um</strong> professor: “Não é possível separar os efeitos positivos para alunos e<br />

professores. O segun<strong>do</strong> só existe se houver o primeiro”.<br />

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