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idas e vindas do processo de implementação de um programa de ...

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Das constatações apresentadas, <strong>um</strong>a foi a concentração da maior parte da produção nas<br />

categorias <strong>de</strong> Referenciais e Mo<strong>de</strong>los e <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Políticas Educacionais, sen<strong>do</strong> tal fato<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> tanto como <strong>um</strong>a evidência da “preocupação da área com o esclarecimento <strong>do</strong>s<br />

significa<strong>do</strong>s da avaliação no contexto educacional brasileiro” (BARRETO, 2001, p. 49), como<br />

a existência <strong>de</strong> “lacunas na área, sobretu<strong>do</strong> no que diz respeito a trabalhos volta<strong>do</strong>s para a<br />

realização <strong>de</strong> intervenções intencionais na escola por parte <strong>do</strong>s mais varia<strong>do</strong>s agentes<br />

educacionais” (BARRETO e PINTO, 2001, p. 63). Curiosamente, consi<strong>de</strong>ramos ser este, <strong>de</strong><br />

certa maneira, o caso <strong>de</strong> nossa pesquisa, por preten<strong>de</strong>rmos investigar a <strong>implementação</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

novo <strong>programa</strong> <strong>de</strong> avaliação, n<strong>um</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> contexto escolar, a partir da intenção<br />

<strong>de</strong>clarada em seu novo projeto político-pedagógico <strong>de</strong> renovar e <strong>de</strong>mocratizar suas práticas<br />

pedagógicas.<br />

Dentre os estu<strong>do</strong>s que abordam Referenciais e Mo<strong>de</strong>los, <strong>um</strong>a parte visa fornecer <strong>um</strong>a<br />

ampla visão da produção acadêmica sobre o tema, entre o fim da década <strong>de</strong> 30 e o início da <strong>de</strong><br />

90, sen<strong>do</strong> estas alg<strong>um</strong>as das tendências neles reveladas: a pouca atenção conferida à avaliação<br />

das práticas pedagógicas, a explicitação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a estreita relação entre concepção <strong>de</strong> educação<br />

e sua função social e a sucessiva emergência <strong>de</strong> várias tendências <strong>de</strong> foco da avaliação no<br />

país, já anteriormente mencionadas, e nesses estu<strong>do</strong>s assim organiza<strong>do</strong>s, em função <strong>do</strong>s<br />

perío<strong>do</strong>s históricos em que pre<strong>do</strong>minaram e <strong>de</strong> suas influências teóricas:<br />

a) até os anos 50, a acentuada influência da psicologia, acarretan<strong>do</strong> a elaboração da<br />

análise da problemática da educação na perspectiva individual, a explicação das<br />

diferenças <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho no plano biopsicológico e o entendimento da aprendizagem<br />

como mensuração das capacida<strong>de</strong>s individuais através <strong>de</strong> testes;<br />

b) nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70, a influência das teorias <strong>do</strong> capital h<strong>um</strong>ano e <strong>do</strong> tecnicismo,<br />

provocan<strong>do</strong> a mudança <strong>do</strong> foco da avaliação para o planejamento racional <strong>do</strong> trabalho,<br />

a fim <strong>de</strong> assegurar a eficiência e a eficácia <strong>do</strong> sistema escolar, e privilegian<strong>do</strong> o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação por objetivos, preconiza<strong>do</strong> por Tyler;<br />

c) nos anos 80, a influência das teorias crítico-reprodutivistas, promoven<strong>do</strong> a ampliação<br />

da compreensão <strong>do</strong> fenômeno educacional, o resgate da dimensão social da escola e a<br />

percepção das implicações políticas da avaliação na reprodução das condições <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>minação da socieda<strong>de</strong>, sem serem indica<strong>do</strong>s, contu<strong>do</strong>, caminhos alternativos, e<br />

a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se, na análise das questões, <strong>um</strong> “tom <strong>de</strong>masiadamente genérico e <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>núncia” (BARRETO et al, 2001, p. 52);<br />

d) a partir da segunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 80, a ampliação <strong>do</strong> escopo da avaliação, que<br />

passou a abranger a dimensão da realida<strong>de</strong> da escola, em função da compreensão <strong>de</strong><br />

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