19.04.2013 Views

Orelha do livro Oliver Sacks é um neurologista que reivindica ... - Stoa

Orelha do livro Oliver Sacks é um neurologista que reivindica ... - Stoa

Orelha do livro Oliver Sacks é um neurologista que reivindica ... - Stoa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Luria e responsável pela edição russa original de The<br />

neuropsychology of memory —, <strong>um</strong> estu<strong>do</strong><br />

neuropsicológico rigoroso e sistemático desse paciente.<br />

O dr. Goldberg apresentou alg<strong>um</strong>as das comprovações<br />

preliminares em conferências; esperamos vir a publicar<br />

<strong>um</strong> relato completo no momento oportuno.<br />

Um filme imensamente tocante e extraordinário<br />

sobre <strong>um</strong> paciente com amn<strong>é</strong>sia profunda (Prixoner of<br />

consciousness) feito pelo dr. Jonathan Miller foi exibi<strong>do</strong><br />

na Inglaterra em setembro de 1986. Tamb<strong>é</strong>m foi feito<br />

<strong>um</strong> filme (por Hilary Lawson) com <strong>um</strong> paciente <strong>que</strong><br />

sofre de prosopagnosia (apresentan<strong>do</strong> diversas<br />

semelhanças com o caso <strong>do</strong> dr. P.). Filmes desse tipo<br />

são cruciais para auxiliar a imaginação: ”O <strong>que</strong> pode<br />

ser mostra<strong>do</strong> não pode ser dito”.<br />

Fim NR<br />

39<br />

<strong>que</strong> perdeu a maior parte de sua memória e, com ela,<br />

seu passa<strong>do</strong> e seu ancora<strong>do</strong>uro no tempo?<br />

Isso me faz pensar imediatamente em <strong>um</strong> paciente<br />

meu para em essas <strong>que</strong>stões se aplicam com precisão:<br />

o simpático, inteligente e desmemoria<strong>do</strong> Jimmie G., <strong>que</strong><br />

foi interna<strong>do</strong> no início de<br />

1975 em nosso Lar de I<strong>do</strong>sos, nos arre<strong>do</strong>res de Nova<br />

York, com <strong>um</strong>a enigmática carta de transferência<br />

informan<strong>do</strong>: ”incapaz, demente, confuso e<br />

desorienta<strong>do</strong>”.<br />

Jimmie era <strong>um</strong> homem vistoso, com <strong>um</strong>a basta<br />

cabeleira grisalha encaracolada, <strong>um</strong> homem saudável e<br />

bem-apessoa<strong>do</strong> de 49 anos. Era alegre, cordial e<br />

generoso.<br />

”Olá, <strong>do</strong>utor”, ele dizia. ”Que bela manhã! Posso me<br />

sentar nesta cadeira?” Era <strong>um</strong> sujeito jovial, ávi<strong>do</strong> por<br />

conversar e responder às perguntas <strong>que</strong> eu lhe fazia.<br />

Informou seu nome e data de nascimento, o nome da<br />

cidadezinha em Connecticut onde nascera. Descreveu-a<br />

detalhadamente com carinho, chegan<strong>do</strong> at<strong>é</strong> a desenhar<br />

<strong>um</strong> mapa. Falou sobre as casas onde seus parentes

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!