19.04.2013 Views

Orelha do livro Oliver Sacks é um neurologista que reivindica ... - Stoa

Orelha do livro Oliver Sacks é um neurologista que reivindica ... - Stoa

Orelha do livro Oliver Sacks é um neurologista que reivindica ... - Stoa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

”ilusões proprioceptivas” rapidamente variáveis. To<strong>do</strong>s<br />

conhecem o clássico estágio final da tabe, no qual pode<br />

ocorrer praticamente a ”cegueira” proprioceptiva das<br />

pernas. Os leitores já teriam encontra<strong>do</strong> esse estágio<br />

intermediário — de fantasmas ou ilusões de posição —<br />

devi<strong>do</strong> a <strong>um</strong> delírio tab<strong>é</strong>tico agu<strong>do</strong> (e reversível)?<br />

A experiência relatada por esse paciente faz-me<br />

lembrar <strong>um</strong>a outra singular, <strong>que</strong> eu mesmo tive quan<strong>do</strong><br />

me recuperava de <strong>um</strong> escotoma proprioceptivo. Foi<br />

descrita (em A leg to stand on) como a seguir:<br />

Eu estava infinitamente instável e precisava manter o<br />

olhar fixo para baixo Foi quan<strong>do</strong> percebi a origem da<br />

comoção A origem estava em minha perna — ou<br />

melhor, na<strong>que</strong>la coisa, na<strong>que</strong>le cilindro disforme de giz<br />

<strong>que</strong> funcionava como minha perna —, na<strong>que</strong>la<br />

abstração de <strong>um</strong>a perna, branca como giz. Ora o<br />

cilindro estava com quinhentos metros de<br />

comprimento, e não com <strong>do</strong>is milímetros, ora ficava<br />

grosso, ora fino, às vezes inclina<strong>do</strong> para <strong>um</strong> la<strong>do</strong>, às<br />

vezes para o outro. Mudava constantemente de<br />

tamanho e forma, de posição e ângulo,<br />

85<br />

com as mudanças ocorren<strong>do</strong> quatro ou cinco vezes por<br />

segun<strong>do</strong>. O grau da transformação e mudança era<br />

enorme — podia ocorrer <strong>um</strong>a alteração de magnitude<br />

milenária entre ”quadros” sucessivos [...]<br />

FANTASMAS — VIVOS OU MORTOS?<br />

Com freqüência existe <strong>um</strong>a certa confusão quanto<br />

aos fantasmas — se deveriam ou não ocorrer, se são ou<br />

não patológicos, se ”reais” ou não. A literatura <strong>é</strong><br />

confusa, mas os pacientes, não-e eles esclarecem o<br />

assunto descreven<strong>do</strong> diferentes tipos de fantasmas.<br />

Por exemplo, <strong>um</strong> homem perspicaz <strong>que</strong> sofreu <strong>um</strong>a<br />

amputação acima <strong>do</strong> joelho fez-me a seguinte<br />

descrição:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!