09.05.2013 Views

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

NOTICIÁRIO<br />

03.04.54<br />

Maurice Cloche, diretor de alguns filmes de inspiração católica, como<br />

“Monsieur Vicent” e “Peppino e Violetta” (que ainda não veio para o Brasil),<br />

realizará uma película sobre a história dos missionários católicos da África,<br />

baseando-se em uma idéia do Padre Bernier, da Congregação do Espírito<br />

Santo. Depois de uma viagem de cerca de 30.000 Km, no Senegal, na<br />

Mauritânia, no Gabon e em Ubanghi, com o fim de documentar-se, o cineasta<br />

partiu para Alpe de Huez, onde conta efetuar sossegadamente a estrutura<br />

definitiva do roteiro; em seguida irá para Guiné, onde se desenvolverá grande<br />

parte do trabalho. Apesar do caráter medíocre de suas últimas realizações,<br />

podemos ainda esperar alguma coisa de interessante de Cloche.<br />

Três diretores de primeira linha da França terminaram há poucos filmes<br />

em co-produção com a Itália. Ives Allegret foi o responsável por “Mamselle<br />

Nitouche”, Julien Duvivier dirigiu “L’Affaire Mauritius” e Jacques Becker<br />

realizou “Touchez pas au Grisbi”. Como se vê, apesar de todas as restrições<br />

que se tem feito às co-produções, estas continuam a ser feitas, e pelos melhores<br />

diretores da Europa.<br />

Ainda sobre co-produções chega-nos uma notícia curiosa. Projeta-se a<br />

realização de um filme, que terá como produtores a Rússia e a França. Esta<br />

notícia apareceu na imprensa francesa, relacionando-se com um filme sobre<br />

“ballets” russos, que o produtor Bercholz há muito tempo pretende realizar. O<br />

que é certo é que o diretor Grigori Alexandrov e sua mulher, a atriz Liubov<br />

Orlova, deverão brevemente ir a Paris, para examinar as possibilidades de uma<br />

co-produção fraco-russa, e para tomar contato com alguns dos expoentes da<br />

cinematografia francesa.<br />

Algo semelhante ao sucedido entre o diretor Jacques Maret e a<br />

Multifilmes, em relação a “Fatalidade”, sucedeu na Itália, onde a questão<br />

tomou maiores proporções. Um cineasta desconhecido para nós, Leonviola, não<br />

reconhecendo a paternidade do seu filme, requereu que ele fosse interditado até<br />

que seu nome fosse retirado dos letreiros. E ele venceu a questão.<br />

*<br />

*<br />

*

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!