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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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ROTEIRO E NOTAS<br />

01.07.54<br />

A mediocridade dos lançamentos desta semana é notável. A rigor não<br />

podemos indicar, previamente, nenhum filme que mereça ser visto. De<br />

qualquer forma, porém, em meio a tantas películas de terceira categoria,<br />

queremos citar duas que apresentam mais possibilidades. São elas “Bonita e<br />

audaciosa”, que tem a seu favor a produção do inteligente Howard Hughes e<br />

um elenco em que aparece Jean Simons, que, sozinha, é capaz de salvar uma<br />

película; e “Rua sem sol”, filme brasileiro dirigido por Alex Viany, de quem já<br />

vimos “Urna agulha no Palheiro”. Esse diretor começou como crítico<br />

cinematográfico, foi depois assistente de direção e agora passou a realizar<br />

filmes. Sua primeira fita foi fraquinha, mas não nos permite de forma alguma<br />

afirmar que seus outros filmes serão medíocres também. As demais películas<br />

não merecem citação neste rapidíssimo roteiro, que se limita a apontar os<br />

filmes que têm alguma chance de acertar.<br />

Hugo Khouri, o diretor de “Gigante de Pedra”, filme nacional exibido<br />

no Festival de Cinema, mas que ainda não foi apresentado na Cinelandia, pensa<br />

realizar uma película sobre a televisão. Chamar-se-á o filme “60 mil olhos” ou<br />

“80 mil olhos”, dependendo ainda do número de aparelhos que existem em São<br />

Paulo, e sua realização está condicionada a mais alguns estudos e testes, além<br />

do eterno problema econômico.<br />

Está quase no fim a filmagem de “Os três garimpeiros”, película de<br />

Gianni Pons (o péssimo realizador de “Veneno”), com Alberto Ruschel no<br />

principal papel. A fita está sendo rodada no Paraná.<br />

O cine Metro exibiu em sessão especial, para os críticos e exibidores de<br />

São Paulo, ontem, seu sistema de projeção em cinemascopio, com aparelhagem<br />

de som estereofônico perspecta. Esse sistema foi adotado pela MGM, pela<br />

Warner e pela Paramont.<br />

Mario Civelli é o eterno produtor do cinema nacional. Deu cabeçada<br />

com a Maristela, mas não desanimou. Criou a Multifilmes e teve de sair em<br />

pouco tempo. Mas agora já pensa em realizar uma nova fita, “Rio negro”, uma<br />

co-produção italo-brasileira. Não há dúvida que o homem tem vocação<br />

cinematográfica mesmo.<br />

No Rio está em plena filmagem a película de Roberto Acácio, “Mãos<br />

Sangrentas”, com Arturo de Cordova e Carlos Cotrim, sobre a fuga dos

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