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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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O TIRANO <strong>DE</strong> TOLEDO<br />

03.10.54<br />

(“Lo Tirano de Toledano”). Espanha. Direção de Henri Decoin. Roteiro baseado<br />

em velha história espanhola. Produção de Livio Bruni para a Chamartin-Lux E. G.<br />

E. Elenco: Alida Valli, Pedro Armendaris, Françoise Arnold, Gerard Landry,<br />

Charles Vermorel, e outros. Distribuição de Cesareo Gonzales. Em exibição no<br />

Marabá e circuito.<br />

Cot.: Mau No gênero de aventuras.: Idem<br />

“O tirano de Toledo” foi realizado na Espanha. Entretanto, como tem na<br />

sua direção um francês, e como dos seus quatro atores principais um é italiano,<br />

outro mexicano e os outros dois franceses, fomos ver a fita. De nada adiantou,<br />

porém. “Lo Tirano de Toledano” é espanhol até a medula e isto quer dizer<br />

grandes paixões e melodrama, senão dramalhão.<br />

Baseando-se em uma velha história, mais ou menos lendária, o filme<br />

põe em foco a história do opressor de Toledo, enquanto a Espanha foi<br />

dominada por Napoleão. Apaixonando-se por uma jovem nobre da cidade, ele<br />

prende seu noivo, que defendia a causa da independência espanhola. Para<br />

salvar seu apaixonado ela se casa com o verdugo, mas depois muitas coisas<br />

sucederão, atabalhoada e totalmente, até o desfecho ridículo<br />

O roteiro do filme é da pior qualidade possível, residindo nele toda a<br />

mediocridade da fita, É formalmente mal concebido, desordenado, confuso,<br />

sem continuidade nem lógica, não seguindo nenhuma linha dramática. E<br />

enquanto à delimitação do caráter dos personagens ou a colocação dos<br />

problemas de cada uma das seqüências, nem é preciso falar.<br />

Henry Decoin, por sua vez, nada poderia fazer, O diretor francês de<br />

“Entre onze horas e meia noite” e várias outras películas policiais, não é um<br />

talento, mas sabe como realizar um filme. “O tirano de Toledo” porém, não<br />

sendo humanamente possível imprimir um ritmo cinematográfico e uma linha<br />

dramática razoável á fita, limitou-se a dirigir os atores e não deixar o filme<br />

decair para o dramalhão puro e simples.<br />

No elenco salientamos o desempenho de Françoise Arnoul,<br />

indiscutivelmente uma ótima atriz. Alida Valli e Pedro Armedaris estão<br />

também muito bons. Gerard Landry é fraco. Fotografia de péssima qualidade.

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