09.05.2013 Views

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SOB O COMANDO DA MORTE<br />

11.06.54<br />

(“Command”). EUA. 53. Direção de David Butler. Roteiro de Russel Hughes e<br />

Samuel Fuller. Produção de D. Weisbart. Música de Dimitri Tionkim. Fotografia<br />

em Warnercolor. Processo Cinemascope. Produtora e distribuidora: Warner.<br />

Elenco: Guy Madison, James Wthimore, Joan Weldon e outros. Em exibição no<br />

Bandeirantes.<br />

Cot.: Fraco Gen.: Western<br />

Nada de novo no bandeirantes. Lá está “Sob o comando da morte” e o<br />

cinemascope, mas não há nenhuma novidade, nada de realmente positivo, a não<br />

ser o som estereofônico que, realmente, é uma grande inovação. Trata-se de<br />

mais um “western”, como Hollywood já realizou centenas, vulgar,<br />

estereotipado, tolo.<br />

Mais uma vez a cavalaria norte-americana é a heroína da fita, servindo<br />

de escolta para uma, caravana de colonos, entre os quais, evidentemente, não<br />

poderia deixar de faltar uma linda mocinha, que se apaixona perdidamente pelo<br />

garboso capitãozinho. Entretanto, o filme de David Butler está longe de possuir<br />

aquele caráter épico, que constituía a beleza dos filmes de John Ford sobre a<br />

cavalaria. “The command” é um “far-west” como qualquer outro, e não poderia<br />

deixar de ser de outra maneira. Basta vermos seus realizadores e teremos uma<br />

prova disso. Tanto os dois roteiristas, como o diretor, são fraquíssimos. O que<br />

poderíamos esperar, então? Samuel Fuller foi o diretor e cenarista de<br />

“Baionetas Caladas”, Russel Hughes é responsável pelo roteiro de “Ambição<br />

mortal” e David Butler dirigiu filmes de terceira categoria, como<br />

“Mademoiselle Fifi” e “No, no Nannette”.<br />

O resultado disso é apenas um filme roteirizado primariamente, sem o<br />

menor senso de originalidade ao menos, é dirigido o mais inexpressivamente<br />

possível. No entanto, uma qualidade possui o filme: algumas passagens<br />

movimentadas, como a seqüência final. Nesse momento, então é que o<br />

cinemascope pode auxiliar, um pouco, a fita, graças a sua maior ampliação.<br />

Mas também, é só. Na maioria das vezes a projeção por esse sistema não ajuda<br />

em nada o se não dizemos que atrapalha, é porque, dificilmente se poderia<br />

esperar alguma coisa melhor de David Butler. No elenco encontramos um bom<br />

ator, James Withmore. Os demais são apenas regulares. A fotografia, em<br />

Warnercolor, é de má qualidade, principalmente, em face do sistema de cores<br />

usando: a música, de Dimitri Tionkim, perfeitamente correta.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!