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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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MINHA ESPADA, MINHA LEI<br />

23.05.54<br />

(“The master of Ballantrae”). EUA. 53. Direção produção de William Keighley.<br />

História de Robert Louis Stevenson. Fotografia em tecnicolor. Elenco: Errol<br />

Flynn, Beatrice Campbell, Yvonne Furneux, Roger Livesey e outros. Produção e<br />

distribuição da Warner. Em exibição no Art-Palacio e circuito.<br />

Cot.: Fraco Gen.: Aventura<br />

Quem gostar de filmes movimentados, com muita ação, muita luta, amor<br />

em abundância, heroísmo a toda prova, piadas, mulheres bonitas, navios,<br />

canhões, espadas, gente que não tem medo de nada e grandes aventuras; quem<br />

gostar de Errol Flynn como ator e do tipo de filmes que ele interpreta, vá ao<br />

Art-Palacio ver “Minha espada, minha lei”, um modelo no gênero.<br />

E os nossos leitores não se espantem se damos este conselho.<br />

Provavelmente entre os que nos lêem com relativa freqüência não há muitas<br />

pessoas que apreciam filmes dessa natureza. Entretanto, se existem alguns, a<br />

única coisa que podemos fazer é aconselhar a fita. De pouco ou nada adiantaria<br />

ajuntarmos aqui novamente toda aquela série de críticas, de acusações, que se<br />

levantaram centenas e centenas de vezes contra esse gênero de fitas. Que<br />

lucraríamos repetindo o que todos sabem, ou seja, que se trate de uma película<br />

estereotipada, conseqüente, desumana, ridícula, sem nenhum significativo sem<br />

nenhum valor real? Se não tivéssemos a obrigação de escrever uma crônica<br />

diária, poderíamos perfeitamente ignorar essa fita, como aliás fazemos com<br />

muitas outras. Mas já que o filme foi exibido nas “Jornadas Nacionais” do<br />

Festival de Cinema, já que uma crônica tem que sair mesmo nesta semana, nula<br />

em bons lançamentos (com exceção de “O homem do terno branco”), já que<br />

este é perfeitamente razoável dentro de seu gênero, por que não analisá-lo?<br />

“Minha espada, minha lei” pode ser considerado como um modelo dos<br />

filmes de aventura estereotipados de Hollywood. Quase tudo que “O pirata<br />

sangrento” satirizava está presente na fita. Seja como for, porém,<br />

inegavelmente se trata de uma fita bem feita. O diretor e produtor William<br />

Keghley não desconhece seu “metier” e o filme tem ritmo, é movimentado e<br />

provavelmente não aborrecerá o espectador, a menos que seja muito exigente.<br />

Errol Flynn é sempre um péssimo ator, já muito envelhecido, mas certamente é<br />

ainda capaz de provocar gritinhos histéricos de suas fãs, e os demais atores não<br />

se salientam, pois o próprio tipo do filme não o permite: a fotografia em<br />

tecnicolor não é das piores.

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