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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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NOTICIÁRIO<br />

01.06.54<br />

Três cinemas por dia fechavam suas portas nos Estados Unidos nos<br />

primeiros meses de 1953. Para que se tenha uma idéia mais clara da crise que<br />

atravessa a cinematografia norte-americana, basta recordar que nada mais nada<br />

menos do que 5.000 cinemas interromperem suas atividades nos últimos seis<br />

anos.<br />

Tem provocado muitos debates a última fita de Roberto Rossellini,<br />

“Jeanne au bucher”, baseada em uma peça oratória do grande poeta católico<br />

Paul Claudel, com Ingred Bergman no principal papel, que volta assim a<br />

encanar a figura de Joana D’Arc. O curioso, porém, é que Rosselline também<br />

dirige a representação da peça nos teatros franceses e italianos, e, segundo<br />

plano de Claudel, usa de vários recursos “cinematográficos” no papel. Aliás<br />

essa é apenas mais uma das manifestações da grande influência que o cinema<br />

vem exercendo sobra todas as formas de literatura, inclusive sobre a poesia,<br />

influência esta, no entanto, que não deixa de ser recíproca.<br />

Orson Welles, que alguns consideram o maior cineasta vivo nós não<br />

compartilhamos dessa opinião está prestes a iniciar a rodagem de um novo<br />

filme, intitulando “Mister Arkadin”. Trata-se da história de um aventureiro,<br />

contada em vários episódios em cidades diferentes. Welles faz o papel<br />

principal, secundado por Marlene Dietrich, Michael Readgrave, Alida Vani,<br />

Akim Tamirov e Peter Van Eyck.<br />

O filme “Romeu e Julieta”, inspirado na tragédia de Shakespeare e<br />

dirigido em tecnicolor pelo diretor italiano Renato Castellani (“Sob o sol de<br />

Roma”, “É primavera”, “Dois tostões de esperança”) foi apresentado em sessão<br />

especial a limitado e escolhido grupo de personalidades, em Londres. “Sir”<br />

John Gielgud, famoso ator inglês, considerado pelos seus patrícios um dos<br />

maiores interpretes de Shakespeare, mostrou apreciar extraordinariamente o<br />

filme, declarando: “Soberbamente belo. Estou entusiasmado com ele”. E Noel<br />

Coward, que estava também presente, manifestou seu entusiasmo dizendo: “O<br />

filme está entre as obras mais bonitas que o cinema nos apresentou até hoje”.<br />

“Romeu e Julieta” é uma co-produção Italo-inglesa, rodada na Itália com atores<br />

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